Campeões da Série B de 95 dão dicas para o atual rubro-negro

O Atlético campeão brasileiro da Série B em 1995 foi um dos times mais emblemáticos para a “nova geração” rubro-negra. Percorreu estádios acanhados, enfrentou equipes distantes de concorrerem com o glamour dos grandes do futebol nacional, mas formou ídolos que permanecem até hoje na cabeça dos torcedores. Alguns deles conversaram com a Tribuna, analisando o que o elenco atual precisa para reconquistar a vaga na Série A e recordando os velhos tempos.

Destaque daquele time, formando dupla com Oséas, o meia-atacante Paulo Rink garante estar confiante no Atlético 2012. “O primeiro foco é tentar subir já com uma vitória sobre o Criciúma”, diz. “Conversei com o (treinador Ricardo) Drubscky que o time engrenou no momento certo”, completa, enaltecendo o crescimento do produção do Furacão após a chegada de reforços e do atual comandante.

 

Na Série B 2012, o Atlético teve de mandar parte dos jogos em Paranaguá. A Arena da Baixada segue em reformas para a Copa do Mundo 2014 e, entre os clubes da capital, apenas o J. Malucelli se prontificou a emprestar seu estádio – o Janguito Malucelli. No entanto, Ricardo Pinto, goleiro de 1995, ressalta que pela estrutura que os atletas atuais têm no CT do Caju, o Furacão tem obrigação de buscar uma das vagas na elite do futebol brasileiro. “O Atlético não tem condição nenhuma de ficar na Segunda Divisão. Tem que estar na Primeira. Mesmo que tenham consciência disso, eles têm que trabalhar no sentido de dar esse prêmio ao clube”, afirma.

 

Ao falar do momento atual, Ricardo Pinto se juntou a outros personagens da época para recordar a façanha de 1995. “Ninguém foi contratado pra ser campeão, foi pra subir de divisão”, recorda. “A gente entrava em campo e sabia o que ia fazer. Nunca pensava na derrota. O resultado era a vitória”, completa Leomar, meio-campista rubro-negro na época.

Contando o nome de jogador por jogador daquele time, o técnico Pepe ressaltou as principais características do Atlético campeão da Série B. “A gente tinha uma maneira forte de jogar. Fazia uma marcação forte, eram entre 15 e 20 minutos de pressão total (nos momentos iniciais). Ser forte também no contra-ataque (era outra característica)”, recorda.

Parte importante para realização das características propostas por Pepe, o atacante Oséas enfatizou o fato de jogar em estádios como o do Barra do Garças-MT e do Central-PE. “Era jogo difícil, campo ruim, viagem longa, pressão dos torcedores”. Fatores que, segundo ele, foram driblados pelo elenco. “Mesmo assim, a gente sentia que havia união de um com o outro”, finaliza.