Caio Júnior reafirmou sua confiança no grupo tricolor. Nem mesmo os resultados decepcionantes – derrota para o Roma e empate diante do Francisco Beltrão – fizeram o técnico mudar seu discurso. “Ponho minha carreira e meu nome em jogo. Vou formar uma equipe competitiva e que vai chegar às finais.” Com esta afirmação Caio Júnior pretende dar tranqüilidade ao elenco, que ainda busca o entrosamento necessário para somar os pontos que garantirão vaga na segunda fase do campeonato paranaense.
Com apenas um ponto após duas rodadas, o Paraná Clube ocupa a 14.ª colocação. Tem pela frente cinco jogos para dar a volta por cima e encontrar a formação ideal. “Tivemos pouco tempo para trabalhar a parte tática e como convivemos com contusões e dificuldades no registro de jogadores, como o Marquinhos, só fiz um coletivo e um jogo com uma equipe próxima à que idealizei”, comentou. Caio Júnior já testou estratégias diferenciadas, mas ainda não encontrou um conjunto capaz de dar ao torcedor uma certeza de bom desempenho.
“É preciso mudar, também, esse pensamento de que no interior ninguém joga nada”, afirmou Caio. “Há qualidade nesses times e eles estão treinando há tempos. O Beltrão, por exemplo, tem dois ótimos meias, Rogério e Alex.” O treinador lamentou, ainda, as chances desperdiçadas. “Tivemos chances para matar o jogo, mas a finalização ainda está deixando a desejar.” Nem mesmo tendo um jogador a mais em campo, por aproximadamente 55 minutos, o Paraná conseguiu suplantar a bem postada defesa adversária.
Não bastasse a dificuldade natural de um início de temporada – aumentada significativamente pela ausência de resultados convincentes -, o Tricolor já encara no próximo domingo a tensão de uma decisão. O clássico frente ao Coritiba é importante para as pretensões do clube no estadual e além disso estará em jogo um melhor calendário neste primeiro semestre. Quem vencer garante a terceira vaga do Estado na Copa do Brasil, competição que dá status ao clube e aos jogadores e traz novos e atrativos recursos financeiros.
Caio preferiu não antecipar nada em relação ao clássico, pois só se reúne com os jogadores hoje à tarde. A partir daí ele define qual tática será adotada no duelo com Paulo Bonamigo. A base será o time que enfrentou o Beltrão, mas possivelmente com a presença de Goiano reforçando o sistema de marcação. Ele depende ainda da recuperação do meia Marquinhos, que sofreu entorse no tornozelo direito. “Tentei evitar um chute do adversário e a bola bateu na ponta do meu pé, o que causou a torção”, disse. Dauri, com dores na coxa, também passou pelo departamento médico, mas não preocupa.
Roupa nova promete mudar sorte do Paraná no Domingo
Gisele Rech
O Paraná Clube lançou ontem os uniformes para o ano de 2003 e espera, com eles, reencontrar o caminho das vitórias. Após as malfadadas partidas iniciais do estadual, com um uniforme alternativo, o Tricolor guardou para a partida contra o Coritiba, no domingo, a estréia do novo uniforme. “Sempre tivemos sorte quando estreamos uniforme novo. Espero que isso se repita”, disse o presidente do clube, Ênio Ribeiro. Animado, ele foi ainda mais longe. “Vamos participar da Copa do Brasil. Tenho certeza.”
Nos dois primeiros jogos da temporada, foram usadas camisas brancas (contra o Roma) e azuis (contra o Beltrão), o que causou protestos dos torcedores, especialmente das facções provenientes do Colorado. Mas para alegria geral da torcida paranista, as cores do clube foram mantidas nos três modelos de camisas oficiais, desenhadas pela Le Coq Sportif.
A camisa número um respeita a tradição e tem o lado esquerdo vermelho e o direito azul. Atrás, as cores se invertem. A segunda camisa é branca, com mangas azuis e detalhes em vermelho. O terceiro modelo é inspirado no conceito “front back”, com a frente em vermelho e as costas em azul. Os calções e meiões vêm em duas versões: branco ou azul. Todo o material esportivo foi desenvolvido em sec flex, um tecido tecnológico com uma absorção mais rápida e aderência melhor, proporcionando maior conforto.
Segundo a diretora de marketing da Le Coq Sportif, Estela Mendonça, o Paraná Clube é o primeiro clube a ser patrocinado pela marca no Brasil. “Escolhemos o Tricolor pelo perfil do Estado, que tem uma economia forte e um mercado esportivo em ascensão e pela transparência da história do time”, disse.
Na parceria, o Paraná vai ter direito a 20% das vendas, que se estenderão pelo Brasil e pelo mundo. “É a primeira vez que temos participações no lucro, além do fornecimento do material esportivo”, lembra o relações-públicas do Tricolor, Luiz Carlos Casagrande. Em abril, quando a marca desfilará as coleções esportivas em Paris, o Paraná Clube estará presente. Inicialmente, o contrato vai até dezembro deste ano, mas é provável que seja prorrogado por mais um ano.
Além dos uniformes que serão utilizados pelos atletas, a Le Coq criou uma linha especial para as torcedoras, com baby-look, saias e bolsas especialmente desenhadas para elas. A criançada também conta agora com uniformes oficiais do patrocinador. Os produtos estarão disponíveis nas lojas do clube a partir do dia 2 de fevereiro.