Este pode ser considerado o fim de semana decisivo para o grupo B da Liga Mundial de Vôlei masculino. Depois de quatro rodadas completas Brasil e Itália somam o mesmo número de pontos (15), mas o time do técnico Bernardo Rezende ainda lidera pelos critérios de desempate. Por conta disso, os confrontos de hoje e amanhã, às 10h, pela quinta rodada da fase de classificação, podem definir a liderança do grupo para as finais da Liga.
Para ficar na ponta da tabela, o Brasil precisa apenas de uma vitória de 3 sets a 0 hoje, independentemente do resultado da segunda partida contra o adversário, no domingo.
Outros resultados também deixam o Brasil em primeiro lugar no grupo: em caso de vitória brasileira por 3 sets a 1, a Itália pode até vencer de 3 a 1 ou 3 a 2 no segundo confronto. Se os brasileiros vencerem por 3 a 2 hoje, podem perder pelo mesmo placar amanhã. Para sair do País como líder, a Itália precisa vencer uma partida por 3 sets a 0 para poder perder a outra de 3 a 1. Ou ainda: se os italianos ganharem uma por 3 sets 0 ou 3 sets a 1 e os brasileiros saírem vitoriosos na outra por 3 sets a 2, a Azzurra encerra a rodada em primeiro lugar.
Embalado
A importância dos confrontos contra a Itália vai muito além da definição de quem fica com o primeiro lugar do grupo B. É a boa atuação do Brasil diante da equipe considerada o adversário mais tradicional da chave que importa para Bernardinho.
“Itália e Brasil estão no mesmo nível e não há superioridade para lado algum. Uma vitória já é um bom resultado, mas, se conquistarmos duas, os jogadores irão às finais mais confiantes”, disse o treinador.
Com a ausência de Gustavo, Bernardinho chamou o meio-de-rede André Heller, vice-campeão da Superliga pela Unisul. Para iniciar o confronto, no entanto, o técnico brasileiro vai colocar na quadra os meio-de-rede Henrique e Rodrigão. Nas pontas, Giba e Nalbert. Há dúvida em duas posições: no levantamento (Ricardinho e Maurício) e entre os opostos Anderson e André Nascimento. O líbero é Escadinha.
Italianos aceitam o desafio
Já o técnico da Itália, Gian Paolo Montali, está otimista em relação ao grupo que comanda. “Jogar qualquer partida de nível internacional motiva muito os nossos atletas. Além disso, o fato de não ganharmos um título importante há três anos também estimula o nosso grupo. A Liga Mundial é a oportunidade que temos de retomar o caminho das vitórias”, diz.
Mas quando o assunto se refere as brilhantes conquistas italianas, Montali é cauteloso. “As vitórias do passado ficaram no passado. Os jogadores são novos, o técnico também, além do estilo que seguimos agora, que é diferente. Nosso primeiro objetivo é a classificação olímpica, que estará em jogo na Copa do Mundo (no Japão, em novembro)”, explica o treinador italiano.