A seleção brasileira masculina de polo aquático surpreendeu os prognósticos mais otimistas para ganhar a medalha de prata na Liga Mundial da modalidade no ano passado. Nesta quarta, a equipe embarca para a China em busca de repetir a façanha e comprovar sua ascensão. Além do Brasil, participam da Super Final as equipes de Austrália, China, Grécia, Itália, Japão, Sérvia e Estados Unidos, em uma prévia para o Rio-2016.
“O resultado da Super Final vai ser importante, com certeza, mas a preparação não foi direcionada para isto. O objetivo principal é a Olimpíada e não poderia ser diferente. Mas, uma boa campanha nesta competição é importante até para mantermos a imagem do Brasil ser um candidato a medalha”, comenta Felipe Perrone, MVP da Liga dos Campeões da Europa, encerrada há duas semanas.
O jogador, que defendeu a Espanha por quase uma década, voltou a jogar pelo Brasil há dois anos e agora é o embaixador deste novo momento da seleção brasileira. “Costumo falar lá fora que aqui (no Brasil) foi feito um milagre. Dois anos atrás o Brasil estava perdendo de doze gols para todos, e hoje a equipe faz jogo com qualquer país. Podemos perder ou ganhar, mais estamos ali”, lembra o atacante.
Na Super Final, o Brasil vai contar com a estreia oficial do goleiro Slobodan Soro, duas vezes medalhista olímpico pela Sérvia, e que se naturalizou brasileiro. Ele, Perrone e o croata Josip Vrlic recebem salário da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e estão garantidos na Olimpíada.
O elenco terá 13 atletas no Rio-2016, dois a menos do que a delegação que estará na China para a Super Final. Foram convocados: Vinícius Antonelli (goleiro), Slobodan Soro (goleiro), Jonas Crivella, Guilherme Gomes, Ives Gonzalez, Paulo Salemi, Bernardo Gomes, Ádria Delgado, Charuto Silva, Bernardo Reis, Felipe Perrone, Grummy, Josip Vrlic, Rudá Franco e Danilo Correa.