Boatos e procurador de Toscano colocam lenha na fogueira

A segunda derrota por 3 x 0, em apenas sete dias, não resultou apenas na queda do Tricolor na tabela de classificação. O revés em Taguatinga foi seguido de uma série de boatos, todos eles prontamente rechaçados pela diretoria paranista. No início da tarde de ontem, especulações surgiram de uma suposta saída de Marcelo Oliveira.

“Não sei de onde surgiu isso. Estou empenhado em buscar uma solução para o time. Nunca fui de desistir de desafios e vamos trabalhar para recolocar o Paraná nos eixos”, afirmou o treinador, que foi ontem até Belo Horizonte, resolver assuntos particulares. “Vou à noite para Curitiba, com minha família. Na sexta, começamos a preparação para pegar o Náutico.

O vice de futebol Aramis Tissot nem deu importância ao disse que disse. “O Marcelo (Oliveira) tem um ótimo relacionamento comigo. Acreditamos no seu trabalho e vamos dar a volta por cima, com ele no comando”, disparou. Mas este não seria o único factóide do dia envolvendo o Paraná. No fim da tarde, foi a vez do procurador de Marcelo Toscano, Ruy Gel, entrar em cena e assegurar que o atacante não mais vestiria a camisa tricolor. A alegação seria um abalo emocional provocado pelos sucessivos atrasos salariais. Além disso, pesaria nessa decisão o fato de o Paraná ter recusado uma proposta “muito boa”, na visão de Ruy Gel, do futebol português.

O procurador assegura que o Vitória de Guimarães teria oferecido 400 mil euros por 50% dos direitos econômicos do jogador, que assinaria contrato de dois anos. “Não é bem assim”, refutou o presidente Aquilino Romani. “O valor está aquém do que entendemos ser justo pela qualidade do jogador. Se ele deseja sair é só pagar a multa recisória”, disparou, citando que o valor estabelecido no contrato é da ordem de R$ 13 milhões.

Gel chegou a afirmar que a sua intenção é que Marcelo Toscano passe a treinar à parte a partir de hoje e, assim, não mais vestindo a camisa tricolo na Série B. “O jogador não tomaria essa atitude. Sei o quanto ele sentiu a penalidade perdida frente ao Brasiliense. Tanto que chorou muito no vestiário, após o jogo. Ele seguirá com a gente”, finalizou Aquilino Romani.