Áustria é campeã mundial

A Áustria foi a grande vencedora do Mundial de Atletismo do Trabalhador, cujas provas terminaram sexta-feira na pista do Centro Universitário Positivo (UnicenP), em Curitiba. No soma total dos pontos da competição, que faz parte do calendário da Confederação Internacional do Esporte do Trabalho (CSIT) e foi organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), os austríacos registraram 249 pontos. O Brasil ficou em segundo lugar, com 238 pontos, e a equipe francesa, na terceira posição, com 226 pontos. Na modalidade masculina, o Brasil ficou em primeiro lugar, com 133 pontos, seguido pela Áustria (130 pontos) e pela França (119 pontos). O destaque ficou por conta do revezamento 4×400, a última disputa do Mundial, em que os brasileiros fizeram uma dobradinha, garantindo o ouro e a prata na prova. "Fechamos o Mundial com chave de ouro", comemorou o eletricista de manutenção da Volkswagen/Audi, de São Carlos (SP) Paulo César Paiutto, 32 anos, que foi o destaque da equipe brasileira. Ele conquistou três medalhas -400 metros, 800 metros e 4×400 metros na competição. "Foi show de bola", disse o gaúcho Vanderlei Rodrigues, 25 anos, que é almoxarife na fábrica de carretas Randon, em Caxias do Sul (RS). Rodrigues é colega de trabalho do também gaúcho Rudimar da Rosa Moura, 26 anos, na Randon, outro integrante da equipe brasileira de revezamento 4×400. O cearense José Ronaldo Braga, 30 anos, completa o time. "Essa mistura de estados rendeu bons frutos para o Brasil", afirmou Braga, que é conferente na empresa Santana Têxtil, em Fortaleza. A prata ficou com a outra equipe brasileira, composta pelo operador de sistemas Edimar Sérgio, 25 anos, da Cineago, de Goiânia (GO); pelo auxiliar geral Cláudio de Lima Júnior, 19 anos, da Cascadura, de Sorocaba (SP); pelo operador industrial Sérgio Alves de Brito, 33 anos, da Milênia, de Londrina (PR); e pelo técnico contábil Elismar Divino da Silva, 27 anos, da Novacap, de Brasília (DF). Fernando Godoy dos Santos foi um dos destaques brasileiros nas provas de salto. No primeiro dia da competição o metalúrgico de São Caetano do Sul (SP), de 21 anos, levou o ouro no salto triplo com a marca de 15,56 metros, batendo o recorde do mundial de 1978, de 15,25 metros. No segundo dia, Santos conquistou mais um ouro no salto em altura com a marca de 2,02 metros e para completar, levou também a prata no salto em distância, alcançando 7,13 metros. Para Santos, as medalhas são a recompensa por todo o esforço de treinar antes do trabalho. Na modalidade feminina, as austríacas obtiveram a melhor pontuação (119), seguidas pelas francesas (107) e pelas brasileiras (105). O destaque feminino do Brasil foi a operadora de triagem dos Correios de Santa Catarina, Cleide Kühl, 32 anos, que conquistou quatro medalhas no Mundial, sendo três de prata (1,5 mil metros, 5 mil metros e revezamento 4×400 metros) e uma de bronze (800 metros). O Mundial de Atletismo do Trabalhador reuniu em Curitiba cerca de 520 trabalhadores-atletas de 11 países. "É a primeira vez que a competição é realizada no Brasil e serviu de exemplo para os demais participantes. As disputas foram muito boas e o empenho dos atletas surpreendeu a todos", disse Rui Campos, gerente de esportes do Departamento Nacional do Sesi e coordenador-geral do Mundial. A competição trouxe para Curitiba ex-atletas, como Robson Caetano, Zequinha Barbosa e Bernard Rajzman, que acompanharam o desempenho do participantes. "Já fui atleta do Sesi  e como é importante para os competidores destas modalidades o incentivo de um atleta profissional", disse Robson Caetano, o paraninfo da competição. A organização do campeonato foi elogiada por atletas e por dirigentes das entidades promotoras do evento. "Foi uma disputa de alto nível, tanto na pista quanto na organização", disse Win Hoeijenbos, que representou a diretoria da CSIT no evento. "Gostei muito do apoio dado aos trabalhadores-atletas de todos os países participantes", afirmou Alberto Quadrio, presidente da comissão técnica de atletismo da CSIT.

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