Garra!

Símbolo da raça atleticana, ex-defensor Marcão aposta em um jogo de muita pegada na Colômbia

Se tem um atleta que vestiu a camisa do Atlético que tem tudo a ver com o clima da Libertadores é o ex-defensor Marcão, hoje técnico do sub-17 do Furacão. Símbolo da raça rubro-negra, ele vai engrossar a torcida na partida desta quarta-feira (8), às 21h45, quando o time decide a classificação à terceira fase da Libertadores contra o Millonarios, no Estádio El Campín, na Colômbia.

Vice-campeão em 2005, ele já sentiu o gostinho de estar nas arquibancadas na estreia da Arena, na última quarta-feira (1º), na partida de ida contra o Millonarios. “Passou um filme na minha cabeça quando eu estava chegando ao estádio. Tinha vivido isso dentro de campo e o espírito fora é diferente. Vivi como torcedor, vendo tudo de perto. Pude ver a empolgação da torcida e sentir o que o torcedor sentiu na minha época. Foi muito legal”, afirmou.

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Para a disputa deste ano, o Furacão contratou jogadores experientes, como Grafite, Carlos Alberto, Jonathan e Felipe Gedoz, algo que remete ao panorama de 2005. “Alguns jogadores estavam chegando, algo muito parecido com a situação de hoje. Vemos que esta equipe já está com o espírito da competição”, destaca.

Acostumado com torneios sul-americanos, o ex-zagueiro aponta as peculiaridades da Libertadores. “É um jogo mais ‘pegado’, mais solto. A arbitragem não dá qualquer falta e o espírito é outro. Em um torneio como este, fora de casa você tem mais espaço para jogar. Em casa, o adversário vem fechado, explorando o teu erro. E acredito que o Atlético pode achar esses espaços lá na Colômbia”, completa.

As últimas disputas em solo colombiano foram no torneio internacional de 2005, ano do vice do Furacão. Na oportunidade, O Furacão enfrentou o Independiente Medellín e o América de Cali, ambos na fase de grupos. A partida em Medellín, no dia 15 de fevereiro daquele ano, marcou a estreia do Atlético na Libertadores. E o empate em 2 a 2 diante do Independiente segue na memória de Marcão. Foi dele o gol que abriu o placar na Colômbia.

“Tenho lembranças muito boas daquele jogo. Fizemos uma grande partida e estávamos vencendo por 2 a 0 [o segundo gol foi marcado por Denis Marques]. Acabamos facilitando e tomamos o empate. Mas foi especial, porque fiz o gol mais bonito da minha carreira”, afirma.

Por não ter sofrido gols em casa na estreia com vitória por 1×0, o Rubro-Negro pode até empatar em Bogotá para avançar de fase. Revés por um gol de diferença, com gol marcado no El Campín, também classifica o Atlético Paranaense.