Crise

Sallim se surpreende com vaias, critica torcida organizada e pede apoio

Luiz Sallim Emed não gostou de ser vaiado após os gols do Atlético. Foto: Albari Rosa
Luiz Sallim Emed não gostou de ser vaiado após os gols do Atlético. Foto: Albari Rosa

Com um perfil amistoso, Luiz Sallim Emed está conhecendo as dificuldades do futebol. O presidente do Atlético disse não ter entendido o porquê das vaias para ele e para o presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, após os gols rubro-negros na partida contra o Internacional, no domingo (11), na Arena da Baixada. Em entrevista à rádio CAP, ele desabafou contra os críticos, reclamou da organizada Os Fanáticos e pediu compreensão.

Para o presidente atleticano, o problema não é com o time – mesmo que, antes da partida contra o Internacional, o Furacão passasse por uma crise técnica que saltava aos olhos. Sallim garante que as críticas são políticas. “Podem fazer críticas. Muitas eu recebo, mas esse comportamento causa estranheza. Ouvir pessoas que não estão interessadas e só fazem isso por questões políticas, eu vou deixar de lado. Aí vão dizer que nós não damos bola para o público. Agora no Brasil e no exterior quando conhecem o projeto do Atlético, todos, sem exceção, elogiam”, defende o mandatário, aproveitando para de tabela defender Petraglia, o homem forte do clube.

Sallim afirmou ter ficado surpreso com o que aconteceu. “Você vira um jogo dificílimo como estava sendo. E no momento mais alegre e de maior vibração do jogo de futebol, que é o gol, você é surpreendido por alguns torcedores terem um comportamento inusitado. Não esperava. Foi uma surpresa”, disse o cartola, que vinha sendo poupado diretamente das cobranças, mais direcionadas ao presidente do Conselho Deliberativo.

 

Os protestos começaram com uma faixa – “Diretoria, seja verdade” – estendida no espaço onde fica a organizada Os Fanáticos, que está proibida de entrar com qualquer adereço alusivo à facção. A frase lembrava os pedidos da diretoria (através da AssoCAP, um grupo de torcedores ligados à direção) pelo aumento no número de sócios, inclusive pedindo 40 mil associados pagantes para que o time fosse reforçado. A frase anterior era “Torcedor, seja verdade”. Na derrota para o Grêmio pela Copa do Brasil, as faixas “oficiais” foram arrancadas pelos torcedores.

Com o Internacional saindo na frente, as vaias aumentaram – e seguiram mesmo depois dos gols de Pablo. Após a virada, a pressão aumentou, o que fez Luiz Sallim Emed pedir que o torcedor compreenda a realidade atleticana. “Faço um apelo aos torcedores mais sensatos para que analisem o nosso trabalho no clube. Não é fácil montar grandes times. Nós estamos investindo, mas com responsabilidade. Não vai ser de uma hora para outra. Garanto que ninguém quer mais títulos do que nós”, resumiu.