Firme e forte

Recuperado, Sicupira não quer saber de parar de trabalhar

O susto que ele passou foi estendido a todos que amam futebol e que acompanham a carreira do maior craque da história do Atlético em campo e na comunicação. “Vi o filme inteiro da minha vida enquanto estava na UTI e sinto que ainda sou menino de tudo para morrer”, relata Barcímio Sicupira, 71 anos, recuperado de um problema de saúde que o deixou nove dias internado no Hospital Pilar, em Curitiba.

No dia 12, Sicupira sentiu-se mal num churrasco de confraternização na rádio Banda B, onde trabalha. A vista escureceu e ele foi levado para o hospital. Deu entrada com pressão arterial baixa e, por pouco, não desenvolveu um quadro de trombose. Prontamente medicado, ficou consciente o tempo inteiro. Permaneceu entregue aos médicos mais por precaução e para realizar uma bateria de exames, que não detectaram risco de morte e vão prosseguir pelas próximas semanas.

O comentarista recebeu alta no último sábado e no dia seguinte já trabalhou clássico em que o Coritiba venceu o Atlético por 2×0. Mas realizou a transmissão de casa, no sofá.
Ontem, o retorno completo. Sicupira voltou aos estúdios da Banda B, no Pilarzinho, para participar do programa de debates. E, feliz, não pensa em se aposentar do microfone. Mas, por um determinado tempo, a ordem é “pegar leve”. “Preciso diminuir algumas coisas, não abusar de outras. Beber menos, ou quase nada. Mas sem beber eu não consigo ficar. E uma tacinha de vinho não prejudica ninguém, até ajuda”, comenta.

Mas ficou a lição para adquirir hábitos mais saudáveis. “Fui atleta e professor de Educação Física. Não posso ser sedentário. Já dei a volta ao mundo três vezes correndo”, brinca o analista.

Solidariedade

O episódio serviu ainda para Sicupira perceber o quanto é querido pela comunidade do futebol. Até o Coritiba, maior rival no auge da carreira do “craque da camisa 8”, mostrou carinho pelas redes sociais do clube. “Fiquei muito sensibilizado com todas as mensagens. Foram milhares de mensagens. Senti muito carinho e isso me ajudou muito na recuperação. Mas a cobrança agora é grande também”, diz.

As homenagens foram registradas também na rodada do final de semana no Paranaense. Sicupira foi lembrado em faixa no jogo do J. Malucelli, sábado, no Ecoestádio, e em bandeira da torcida do Atlético, na Baixada.