A briga entre as chapas CAPGigante e Atlético de Novo, que vão concorrer às eleições do Atlético no próximo dia 12, ganhou mais um capítulo na tarde de ontem. O ex-jogador e vereador de Curitiba, Paulo Rink, que na semana passada anunciou seu apoio ao grupo de oposição liderado pelo advogado Henrique Gaede, está impedido de votar no pleito. O nome do ídolo rubro-negro não apareceu na listagem dos sócios aptos a votar e os débitos dele com o clube foram quitados até no dia 26 de novembro, prazo limite para que houvesse a liberação do associado para votar.
Em sua página na rede social, Paulo Rink desabafou, afirmou que está sendo lesado, mas não acredita que isto seja uma manobra política da chapa da situação. “Não acredito que seja má fé ou manobra política. Sou sócio, pago igual a todos e tenho o direito. Estou me sentido lesado”, lamentou o vereador.
Explicação
De acordo com a chapa Atlético de Novo, Paulo Rink não foi avisado que o pagamento do seu plano de sócios havia sido tirado do débito automático e, quando foi conferir, na semana passada, constatou o atraso nas mensalidades. No dia 26, prazo final para o acerto do débito, o ex-jogador do Furacão pagou a conta de R$ 1050,00, mas mesmo assim não teve a sua situação regularizada para participar do pleito.
“Estou bem triste com o que ocorre comigo no Atlético. Sou sócio desde 2009. Sempre paguei em dia e meu nome não foi colocado na lista dos aptos a votar. Ao notar isso, procurei o clube e, com todos os comprovantes, inclusive o de novembro, pedi para que meu nome fosse limpo. Mesmo assim, o Espaço Sócio Furacão falou que meu nome estava no jurídico. Procurei os responsáveis e me falaram que me trariam uma posição. Até o momento nada”, concluiu Paulo Rink.
Contratos com Doyen vazam
Os contratos dos atacantes Douglas Coutinho e Marcelo Cirino, que tiveram parte dos seus direitos econômicos negociados pelo Atlético com o grupo de investimento Doyen Sports, estão abertos para quem quiser olhar. O site Football Leaks vazou todos os detalhes dos dois atletas, que foram negociados pelo Furacão no ano passado e renderam 8 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões) ao clube. Foram 3,5 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos de Marcelo emprestado ao Flamengo e 4,5 milhões de euros por 65% dos direitos econômicos de Coutinho, que segue no clube. A quantia, inclusive, já entrou nos cofres rubro-negros. (André Pugliesi)
Acerto
O contrato de Douglas Coutinho estabeleceu que todos os valores seriam quitados ainda em 2014. No caso de Marcelo, a última das três parcelas, de 1 milhão de euros, foi programada para ser paga em setembro deste ano.
O contrato prevê ainda que o Doyen Sports poderá adquirir outras duas partes de 10% dos direitos econômicos do jogador, sem que o Atlético possa recusar o acerto. Cada uma delas por 1 milhão de euros. (André Pugliesi)