Atlético pega o Mengo às 21h30

Opinião: Velocidade pode ser o trunfo do Atlético contra o Flamengo

O Atlético embarcou para Juiz de Fora (MG) com o pensamento de chegar à final da Primeira Liga. Para isso, precisa vencer o Flamengo nesta quarta-feira (23), uma vez que não terá o jogo na Arena para compensar um eventual tropeço. Mas o mau desempenho no empate em 1×1 com o Brasil de Pelotas e, principalmente, na derrota por 2×0 para o Coritiba deixaram a torcida desconfiada.

Dentro do Furacão, o discurso é de recuperação imediata. O técnico Paulo Autuori vem batendo na tecla de que o time precisa adquirir ‘força mental’. De fato, com poucos dias para trabalhar, o treinador tem que apostar na conversa e no lado psicológico para colocar seu método na cabeça dos jogadores. Talvez o lado emocional seja o que mais pese na busca pela tão sonhada final, pois o time ainda está abalado.

Porém, não adianta vontade e determinação se a formação tática não ajudar. Contra o Coxa, o Rubro-Negro não jogou. Se for a campo da mesma maneira contra o Flamengo, dificilmente a vitória virá. No futebol, tudo é possível, mas só contar com a ‘raça’ pode não ser suficiente.

Autuori é inteligente. Mesmo sabendo que os resultados ruins podem se transformar em pressão, ele não abre mão do conhecimento e vem analisando o grupo que tem em mãos jogo após jogo. Para poupar seus atletas, vem mudando a escalação a cada partida. E pela frente terá um Flamengo esgotado, que, por não ter casa, ora joga em São Paulo, ora joga em Brasília, ora joga no interior do Rio de Janeiro. São viagens atrás de viagens.

Certamente o técnico do Atlético está pensando nisso. Talvez esta seja a alternativa, apostar em um jogo veloz para usar o cansaço do adversário como uma arma. Neste caso, jogadores rápidos podem fazer a diferença. E isto o Rubro-Negro tem a seu favor, como os laterais Eduardo e Pará, o volante Otávio, vindo como um elemento surpresa, e Nikão, caso esteja totalmente recuperado da lesão no ombro.

A formação do rubro-negra é semelhante à adotada pelo Atlético. Um 4-3-3 que vira um 4-1-4-1, com dois volantes que sabem sair jogando (Márcio Araújo e Willian Arão), um armador (Ederson) e dois atacantes de velocidade pelos lados (Emerson Sheik e Marcelo Cirino). E por jogar fora de casa, o Atlético deve explorar mais os contra-ataques, quando a velocidade pode ser usada.

Indo para cima, o Flamengo ficará exposto em frente à defesa. Com espaços para criar as jogadas e diante de dois zagueiros lentos, Wallace e Juan, o Furacão tem aí uma chance de voltar para casa com a classificação.