O maestro veste a 11

Nikão foi o comandante da arrancada do Furacão

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O Atlético campeão paranaense se destacou pelo conjunto da obra. Nenhum jogador foi o grande nome da equipe, que chegou ao título pelo trabalho coletivo implementado pelo técnico Paulo Autuori. A parte tática desta vez falou mais alto que o individual. Mas pode se dizer que um jogador especificamente ditou o ritmo do Furacão, principalmente no mata-mata. O meia Nikão foi o grande responsável pela melhora ofensiva do time.
Os números não impressionam tanto. Foi apenas um gol marcado em toda a competição, o primeiro da vitória por 2×1 sobre o Paraná, no jogo de ida da semifinal, na Arena da Baixada. Porém, o camisa 11 atleticano passou a ser o cérebro do Rubro-Negro. Mesmo caindo pelos lados do campo, era nele que centralizavam as principais jogadas ofensivas.
Com o atacante Walter saindo da área para buscar a bola, a marcação do adversário se acumulava pelo setor. Era preciso então desafogar pelas laterais. E aí que Nikão foi fundamental. Se os chutes não estavam com a pontaria em dia, os cruzamentos e lançamentos eram precisos, sempre encontrando os companheiros.
No primeiro jogo da final, diante do Coritiba, a personalidade de cérebro surgiu até mesmo na bola parada. Tanto que o meia observou bem o comportamento do Coritiba e viu em Léo o caminho para o primeiro gol na Arena da Baixada. Mesmo tendo trabalhado para cobrar a falta levantando a bola na área, o jogador encontrou o lateral sozinho e rolou para ele cruzar na medida para Thiago Heleno.
Em 2015, na arrancada do Atlético no começo do Campeonato Brasileiro, quando o clube chegou a liderar a competição, Nikão também foi um dos responsáveis por aquele bom momento. Com mais gols e arriscando chutes de longa distância, o meia chamava a atenção em campo. Coincidência ou não, quando ele caiu de rendimento, o Furacão também perdeu o pique e acabou ficando longe do topo da tabela.
Agora em 2016, o desempenho do Rubro-Negro foi de acordo com as atuações de Nikão, que cresceu na reta final do Paranaense e ajudou o Atlético a acabar com o jejum de sete anos sem conquistas. Se os números são discretos para a torcida, no campo eles fizeram toda a diferença para a equipe.