Pé calibrado

Na reta decisiva, Atlético melhora poder ofensivo e mostra evolução lá na frente

Com 30 gols marcados em 29 rodadas, o Atlético tem o pior poder ofensivo entre os candidatos a uma vaga no G6. Porém, a situação já foi pior. Atualmente, o Furacão tem o quinto pior ataque do Campeonato Brasileiro, à frente apenas de Internacional (29), São Paulo (28), Figueirense (27) e América-MG (19). Uma melhora muito graças aos dois últimos jogos na Arena da Baixada, quando marcou seis gols.

Até a 27ª rodada, o Rubro-Negro só havia marcado três gols em uma única partida (3×0 sobre o Cruzeiro, na 14ª rodada). Depois, derotou a Ponte Preta por 3×0 e a Chapecoense por 3×0, adversários diretos na briga por uma vaga na Libertadores. Números que, para o técnico Paulo Autuori, não mostram apenas uma evolução na forma de o time atuar, mas sim no poder de conclusão.

“Não aconteceu nada de extraordinário, não aconteceu nada de diferente. Apenas as circunstâncias do jogo nos permitiram fazer (gols), fomos eficazes. Em outros momentos, não fomos eficazes, tivemos as oportunidades, mas não concretizamos. Em outros momentos, não criamos tantas oportunidades. Tem a ver com todo o processo de crescimento da equipe, de crescimento como um todo”, afirmou o treinador.

A melhora também aconteceu, curiosamente, sem os centroavantes do elenco à disposição. Depois da saída de Walter para o Goiás, apenas André Lima ficou responsável pela posição. Mas o camisa 99 não marca pelo Brasileirão desde aquele triunfo sobre a Raposa. De acordo com Autuori, a melhora no último terço do campo é que permitiu que os gols saíssem mais naturalmente.

“Temos mais deficiências, bem maiores, em relação a nossas ações ofensivas, especialmente no último terço do campo. Melhoramos nesses últimos dois jogos, realmente, vamos ver se isso é uma coisa duradoura ou não”, completou ele.