Derrota para o maior rival, cinco jogos seguidos sem ganhar no Campeonato Brasileiro e o G4 cada vez mais distante. O cenário é o pior momento do Atlético na competição. E a má fase do time na tabela é puro reflexo do que se viu em campo ontem no Couto Pereira. Diante do Coritiba, o Furacão foi uma equipe nervosa, errando muitos passes e sem criar boas jogadas. Quando criou, acabou desperdiçando – como o chute de Walter, completamente sozinho, no primeiro tempo, e a bola de Ewandro na trave, na segunda etapa.
Para o volante Otávio, este é o principal problema do Rubro-Negro nas últimas partidas: a falta de pontaria, misturada com uma pitada de azar. “A gente sabe que pode fazer mais. Estamos fazendo bons jogos, mas infelizmente não estamos aproveitando as oportunidades criadas. Enquanto isso, o adversário vai lá, aproveita a chance e depois fica todo fechadinho e fica complicado para nós. Mas temos que melhorar isso”, analisou o jogador.
De fato, foi o que aconteceu no clássico. O gol de Henrique Almeida para o Coxa aos 12 minutos do primeiro tempo deu mais tranquilidade aos donos da casa, que aproveitaram a ansiedade atleticana para dominar o confronto. “O gol no começo dificultou bastante”, disse o técnico Milton Mendes.
Time perdido
Porém, enfrentar um time jogando no contra-ataque não pode ser a desculpa do Atlético. Justamente porque o time teve chances de chegar ao gol mesmo quando o placar ainda era 1×0 para o Alviverde. Para tentar reverter esta situação, o treinador mexeu na equipe, numa tentativa, frustrada, de se manter ofensivo. Tirou o volante Deivid e o lateral-direito Eduardo para colocar os atacantes Ewandro e Crysan.
Assim, o Furacão ficou totalmente despedaçado em campo, com Marcos Guilherme como lateral-direito, mas caindo para o meio-campo e abandonado a nova função muitas vezes, e com três atacantes se amontoando lá na frente, ainda mais com as chegadas de Hernández e Nikão, o que deixava um buraco enorme no setor de ligação. “Nós tentamos, lutamos e o treinador tentou variar o modelo tático”, justificou Milton Mendes.
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