Empate

Irregular, Atlético perde chance de entrar no G6 do Brasileirão

Márcio Azevedo foi um dos reservas que começou jogando. Foto: Marcelo Andrade

Uma tarde de muita emoção foi vivida ontem na Arena da Baixada. Mas certamente bem diferente do que todos no Atlético imaginavam. A atuação irregular acabou levando o time a um amargo empate com o Ceará em 2×2, impedindo a quebra do recorde de vitórias consecutivas em casa no Campeonato Brasileiro. E principalmente perdendo a chance de entrar no G6. Agora com dois pontos de desvantagem para o Atlético-MG, o Furacão precisa obrigatoriamente vencer o Flamengo no próximo domingo, e ainda torcer para o Galo não derrotar o Botafogo.

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Momentos de decisões exigem escolhas. E, com um elenco desgastado precisando de descanso, o técnico Tiago Nunes colocou em campo um time quase todo reserva. Apenas Marcelo iniciava a partida – e isto porque cumpriu suspensão automática na rodada anterior do Brasileirão. Se pensarmos que Bruno Guimarães está fazendo por merecer ser titular, seriam dois da equipe principal em campo. Era hora de pensar no campeonato, mas também de pensar na Copa Sul-Americana.

E seria um jogo de paciência. Do outro lado, Lisca não escondeu o interesse em impedir ou pelo menos conter a pressão atleticana, escalando um time com três zagueiros e dois volantes – mantido mesmo com a saída do capitão Tiago Alves, lesionado, com apenas oito minutos de partida. O objetivo do treinador do Ceará foi atingido: o Furacão não conseguiu dominar o jogo, preso no cinturão defensivo adversário. Os donos da casa então começaram a dar espaço, em parte pelo ajuste tático do Vozão, em parte para tentar criar os próprios espaços para atacar.

Bruno Guimarães não repetiu suas boas atuações. O Atlético também não, e o empate foi justo. Foto: Marcelo Andrade
Bruno Guimarães não repetiu suas boas atuações. O Atlético também não, e o empate foi justo. Foto: Marcelo Andrade

Só que as dificuldades aumentaram. Os cearenses começaram a “gostar do jogo”, termo inclusive usado pelo próprio Tiago Nunes ao cobrar os jogadores rubro-negros. Tanto que aos 25 minutos saiu o gol do Ceará – um golaço, por sinal. Ricardinho fez um lançamento longo, de um lado a outro do campo, e Leandro Carvalho mandou de primeira, o famoso sem-pulo, sem chances para Felipe Alves. Lisca ficou doido de felicidade no banco de reservas.

Era preciso jogar mais, e o Atlético passou a pressionar após ficar em desvantagem. Mas a bola só chegava perto do gol de Éverson em cruzamentos. E assim veio a primeira chance, só aos 37 minutos, com Bergson. Apesar de ser o “time alternativo”, o rendimento era bem abaixo do esperado. O que justificava as vaias da torcida no intervalo. E também as ações do treinador: Tiago Nunes sacou Bruno Guimarães e Marcelo e colocou Lucho González e Rony. Era a tentativa de dar ritmo e força ao time.

Serviu para dar uma sacudida no Furacão. Rapidamente aconteceu uma jogada “estilo Atlético”, e Marcinho finalizou com muito perigo. E foi ele mesmo quem empatou a partida, ainda com oito minutos da etapa final. Rossetto jogou na área, a zaga cortou mal e o camisa 22 chutou forte para deixar tudo igual. E a virada veio em seguida. No escanteio, Rony desviou e Lucho, em seu centésimo jogo no clube, apareceu na segunda trave. O sofrimento do primeiro tempo precisou de 12 minutos para desaparecer.

Mas o jogo não foi resolvido. Mostrando que não merece ser rebaixado, o Ceará continuou chegando com perigo, obrigando Felipe Alves a trabalhar. E aos 30 minutos Camacho errou na saída de jogo e cometeu falta em Wescley. O árbitro marcou pênalti, apesar das reclamações atleticanas de que a infração foi fora da área. Richardson bateu e o goleiro rubro-negro defendeu. Só que o Vozão seguiu, e na jogada de Felipe Jonatan, o mesmo Wescley empatou a partida.

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E a emoção persistiu até o final. Teve lance rubro-negro, teve lance alvinegro, teve Arthur perdendo gol com o gol vazio, teve Bergson marcando, mas com a mão. E no último lance ainda o Atlético reclamou um pênalti não marcado. No final das contas, pelo que aconteceu em campo, o resultado foi justo. E apesar das chances de Libertadores via Brasileirão ainda existirem, chegou a hora de escolher. E o negócio é ir com tudo na Sul-Americana, pois quarta-feira tem jogo de volta da semifinal contra o Fluminense no Maracanã.

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