Pra lá e prá cá

Ex-presidente do Furacão é usado como ‘arma’ entre chapas

Presidente do Atlético entre 2009 e 2011, Marcos Malucelli estava esquecido. Afastado do clube desde que terminou o mandato, o advogado passava longe do Furacão. “Não quero mais saber de futebol. Não estou em chapa nenhuma. Meu tempo de Atlético passou”, afirmou o ex-dirigente.

Porém, foram só as eleições presidenciais se aproximarem para que o nome de Malucelli voltasse com tudo. Mas por uma questão negativa. No comando do Rubro-Negro no rebaixamento para a Série B, em 2011, o ex-presidente ficou marcado pela queda, que é a “arma” da situação, liderada por Mario Celso Petraglia, na tentativa de relacionar Malucelli à chapa Atlético de Novo, de Henrique Gaede.

A Atlético de Novo, por sua vez, faz questão de ressaltar que não há qualquer ligação entre as duas partes. “Eu não me envergonho de ter participado da gestão em 2011, mas minha atividade era limitada, eu não estava ligado diretamente ao futebol. É uma estratégia eleitoral de quem está no poder”, comentou Gaede.

Briga antiga

Repelido do processo, Malucelli está descontente. “Eu sou sócio do Atlético desde 1963, é claro que me entristece. Mas é por causa dessa paranoia do Petraglia comigo. O que eu vou fazer? O homem é doente”, desabafou.

Sobre o “fardo” do rebaixamento nacional, ele relativiza: “Não pode ser debitado apenas na conta do presidente, assim como o sucesso da administração toda, superavitária. Tudo era decidido pela diretoria”, comentou Malucelli.

O ex-presidente lembra ainda que o clube conquistou o último título em sua gestão, o Paranaense de 2009. “Em três anos tivemos ao menos uma conquista. A atual gestão, em quatro não teve nada, a não ser que o Torneio da Morte valha como título”.

Diretor do departamento jurídico, atendeu a um apelo de Petraglia para assumir o futebol em 2008, com o time ameaçado de rebaixamento. “Assumi o clube e ele ficou fora, não queria arcar com o ônus do rebaixamento, que era iminente. E não quis o Geninho de técnico. Apareceu no CT na véspera da vitória sobre o Flamengo (5×3), último jogo, quando nos salvamos”, lembrou Malucelli.

Voto

Apesar da distância das eleições e do próprio clube, Marcos Malucelli pretende votar no pleito. Mas ainda não sabe em que votar, apenas em quem não terá sua escolha. “A Câmara de Ética me excluiu do quadro de sócios, mas recorri e não foi julgado. Portanto, sou sócio. Vou votar, ainda não me decidi, mas será em chapa que não tenha o apoio do Petraglia”, afirmou o ex-presidente.

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