Pouco fez em campo

Erro da arbitragem e fraca atuação do Atlético determinam derrota pro Sport

Atlético só se defendeu contra o Sport e mais uma vez jogou mal. Atuação ruim reconhecida por Weverton, que pede time mais ligado. Foto: Ricardo Fernandes/Estadão Conteúdo

Uma derrota, dois sentimentos. É assim que pode se resumir a derrota do Atlético por 1×0 para o Sport, neste domingo (2), na Ilha do Retiro, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Se por um lado o Furacão não fez nada para merecer a vitória, pois novamente não jogou bem e praticamente não atacou, por outro também não merecia o placar negativo, que só aconteceu por conta do erro do árbitro Grazianni Maciel Rocha, que influenciou diretamente no resultado final.

Aos 28 do segundo tempo, Rogério jogou a bola na área e Wanderson, ao tentar tirar, cabeceou e acertou a própria coxa, mas o juiz viu mão na jogada e assinalou a penalidade, convertida por Diego Souza. Lance que irritou muito os jogadores do Furacão.

“Não é fácil jogar aqui, campo ruim, deixa o jogo mais disputado e é difícil chegar aqui, se doar, brigar, para acontecer o que aconteceu”, disse o volante Deivid.

Porém, não tirou a lucidez do elenco. Capitão do time, o goleiro Weverton, embora tenha se incomodado com o pênalti marcado, ressaltou que o Rubro-Negro não vem tendo boas atuações e que isso acaba se refletindo nos resultados.

“Independente do pênalti, a equipe não vinha jogando bem. Claro que um ponto aqui seria importante, mas nós temos que parar e analisar o nosso momento, o nosso futebol. Não podemos ser hipócritas de achar que o nosso futebol está bom e tapar o sol com a peneira. Se fizermos isso, lá na frente vamos pagar caro”, afirmou o arqueiro.

E analisando só o duelo com o Sport, Weverton tem razão. Em 90 minutos, o Atlético levou perigo de fato uma única vez, e já no final do jogo, quando o placar já estava 1×0 e Douglas Coutinho obrigou Magrão a fazer uma boa defesa. De resto, o que se viu foi um Sport com mais domínio de bola, ocupando o campo ofensivo, enquanto o Furacão só conseguia, como algo positivo, se defender, enquanto errava muito as ligações para o ataque, mais uma vez inoperante.

“A gente vê o trabalho no dia a dia e colocamos em campo a melhor equipe que tínhamos. Oscilamos na partida, até no nível de marcação conseguimos ir bem, mas, infelizmente, faltou um algo mais que pudesse fazer a gente agredir mais”, analisou o técnico Eduardo Baptista, se referindo ao fato de ter mexido na escalação, poupando aqueles jogadores que estavam mais desgastados.

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Um resultado que, de fato, só se transformou em derrota por conta do erro grotesco do árbitro, mas também por conta da apatia dos donos da casa. Se a defesa atleticana foi bem, foi graças também ao baixo aproveitamento do setor ofensivo do adversário, que abusava de bolas levantadas na área e teve poucas chances concretas de finalizar em cima de um time que novamente teve problemas de ligação com o ataque e teve falhas na criatividade.