E agora?

Com Libertadores, torcida espera um “ano do futebol 2.0” pro Atlético em 2017

André Lima é um dos jogadores com contrato encerrando que o Atlético quer manter. Foto: Marcelo Andrade

O ano de 2017 será repleto de competições para o Atlético – e mais uma vez cheio de jogos. Com a vaga na Copa Libertadores asseguradas, o Furacão disputará quatro torneios – além do continental, terá o Paranaense, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro – poderia ser mais, mas o clube desistiu da Primeira Liga. Mas desta vez com a diferença que a Libertadores poderá se estender, dependendo da competência rubro-negra, até o final da temporada, acumulando com Copa do Brasil e Brasileirão. Se neste ano Paulo Autuori já reclamou do calendário, que todos preparem os ouvidos para o que virá.

Antes disso, entretanto, é preciso passar por uma fase fundamental, a montagem do elenco. Não haverá muito tempo para montar o grupo, porque as fases preliminares da Libertadores acontecem já em fevereiro, dias depois do início do Estadual, que larga em 29 de janeiro, com o Furacão indo a Paranaguá enfrentar o Rio Branco. A partir daí não haverá descanso, e por isso a diretoria e a comissão técnica, especialmente o técnico Paulo Autuori e seu braço direito Bruno Pivetti estão trabalhando no planejamento de 2017 desde outubro.

O primeiro passo envolve as permanências. Com contratos terminando no final do ano, Thiago Heleno e André Lima são prioridades – o primeiro ainda mais que o segundo. Léo também só tem vínculo até 31 de dezembro, e o Atlético já negocia com o Flamengo a renovação. Paulo André é outro, mas este tem ótima relação com a diretoria e com Autuori, e por isso sua renovação é praticamente certa.

Dos titulares, três especialmente serão “atrações” do mercado. Otávio e Hernani estão na mira do Corinthians e de clubes da Itália e da Rússia, e Weverton pode ser negociado com o exterior. Pela política atleticana, não será surpresa se um dos três deixar a Baixada, até para que haja investimento no elenco para o restante da temporada. Outros jogadores importantes do time, como Pablo, Lucho González e Nikão, têm contrato e vão seguir no clube.

Quem vem?

Uma grande expectativa é saber se Vinícius será utilizado no ano que vem. Afastado por problemas com o presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, o meia acabou emprestado para o Náutico, onde começou bem e depois caiu de produção. Ele já se desligou do clube pernambucano e está em Curitiba, e o presidente Luiz Sallim Emed disse que ele se reapresenta, mas ninguém pode garantir que ele fica.

Para o ano que vem, Paulo Autuori espera por peças que cheguem para jogar – um lateral-esquerdo, um articulador que dispute posição com Lucho González, um homem de velocidade e um atacante mais confiável (principalmente fisicamente) que André Lima. Com mais dinheiro, maior capacidade de investimento e a vitrine da Libertadores, a expectativa de um novo “ano do futebol” já toma conta da torcida.