Sócios largam mão!

Cerca de mil sócios deixaram o Atlético nos últimos dias

Os críticos pode chamar de debandada, os mais serenos de recuo, mas todos certamente acham que é um cenário preocupante. E que reflete na política interna do Atlético.

Nos últimos 45 dias, o clube perdeu cerca de mil sócios. A fraca campanha no Campeonato Paranaense, a incerteza sobre o futuro do time na temporada e a insatisfação com a administração atual de Mario Celso Petraglia são alguns dos motivos que levam os sócios a cancelar o vínculo com o clube. Hoje são apenas cerca de 19 mil adimplentes.
A brusca queda no número de associados contribuintes assustou a diretoria atleticana, que tem tentado contornar a perda na arrecadação e as críticas das arquibancadas de todas as formas. A redução no preço do sócio VIP e a reabertura das associações ao setor Fan, o mais barato (R$ 100 por mês), são provas disso.

A contratação de reforços também. O clube já trouxe oficialmente três jogadores (Walter, Jadson e Ytalo) e está em busca de pelo menos mais cinco. No entanto, à exceção de Walter, nenhum deles trouxe a marca de “selecionável”, prometida há quase um mês pelo vice-presidente do clube, Luiz Salim Emed, para convencer sócios a não abandonar o clube. A promessa de investimento também foi feita por Petraglia.

As medidas, no entanto, não diminuíram a insatisfação dos torcedores. Ao mesmo tempo que acompanha o encolhimento da torcida, o Atlético vê crescer nos bastidores um grupo de oposição que já conta com a adesão da maioria do Conselho Deliberativo. O Movimento Atleticano surgiu no ano passado, com viés inicialmente apolítico, e tem o comando de torcedores comuns, ilustres e até alguns conselheiros que apoiaram a atual diretoria. Uma das principais lideranças é o ex-presidente José Carlos Farinhaki. A sequência de resultados ruins tem feito o grupo crescer.

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