Ladeira abaixo

Atlético segue “projeto” e já é penúltimo no Brasileirão

Atlético pouco agrediu o Botafogo e precisou contar com os milagres de Santos, que só não pegou pênalti e gol contra. Foto: Paulo Sérgio/Estadão Conteúdo

Tem vezes que teimar com a situação não dá certo. Na noite de quarta-feira (13), mais uma vez o Atlético provou que só trocar passes, mas sem objetividade, já não dá mais resultado. Contra o Botafogo, no Nilton Santos, o Furacão teve mais posse de bola, chegou mais ao ataque, mas cometeu os mesmos erros defensivos e de posicionamento e amargou a derrota por 2×0 para o time carioca.

Resultado que manteve o Rubro-Negro na zona de rebaixamento, onde ficará durante todo o período da Copa do Mundo. Serão mais de 30 dias de cobrança e pressão em cima de uma equipe que de sensação do ano passou a ser a decepção do futebol brasileiro.

Contra o Botafogo, Fernando Diniz até mexeu nas peças, mas não na postura e na maneira de jogar, algo que ele mesmo já havia antecipado. Com as trocas de passes constantes, o Atlético até chegava mais ao campo de ataque, só que na hora de concluir a gol seguia com os mesmos erros, que também aconteceram lá atrás.

Os donos da casa constantemente tinham facilidade em roubar a bola e disparar nos contra-ataques. Se não fosse Santos, só no primeiro tempo já seria uma goleada, mas o goleiro atleticano fez praticamente dois milagres. Só não evitou o gol de pênalti, que não aconteceu, de Rodrigo Lindoso, e o gol contra de Renan Lodi, na etapa final.

Mas a apatia rubro-negra em campo persistiu. Principalmente após o segundo gol. O Furacão parecia entregue, já esperando mais uma derrota. À beira do gramado, Fernando Diniz esbravejava com seus jogadores. Mas seguiu apostando em improvisações. Começou com Marcinho na ala, depois Thiago Carleto virou zagueiro e Pablo, que sempre se destacou como o homem de referência, atuou pelos lados.

Confira a classificação completa do Brasileirão

Um Atlético desorganizado, que sem a bola mais uma vez mostrou não saber o que fazer, e com ela não colocava as ideias tão treinadas no dia a dia em prática. Na verdade, os mesmos problemas se repetiram no Nilton Santos, que vem acontecendo há tempos.

No total, nos últimos 14 jogos, o Furacão venceu apenas um. Pelo Campeonato Brasileiro são quatro derrotas consecutivas e o reflexo disso é a vice-lanterna na tabela, à frente apenas do Ceará e já três pontos atrás do primeiro fora da zona de rebaixamento. Sinal de que as coisas não estão bem, mas há quem diga que o caminho trilhado é o correto.