Respirando aliviado

Atlético muda estratégia para acabar com jejuns e mudar patamar no Brasileirão

Jogando de maneira mais defensiva, Atlético teve trabalho com o ataque do Botafogo. Algo esperado e que fazia parte da estratégia. Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Depois de três jogos sem sequer marcar gols, o Atlético reencontrou o caminho das vitórias no último sábado (11), quando bateu o Botafogo por 1×0, no Nilton Santos, e se recuperou no Campeonato Brasileiro. Um resultado fora de casa que não só fez o Furacão voltar a sonhar com Libertadores, como também tira uma pressão por conta da aproximação da zona de rebaixamento.

“Conseguimos nosso objetivo primeiro e depois vamos pensar em voos mais altos. Demos um basta nisso, de olhar para baixo e vamos olhar para cima. Temos quatro jogos e vamos buscar vencer esses quatro, em casa ou fora”, afirmou o técnico Fabiano Soares.

O placar no Rio de Janeiro foi magro e contou com uma ajuda e tanto do goleiro do adversário. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Pablo, dentro da área rolou a bola para Guilherme, de primeira, chutar forte. Gatito Fernandez tentou segurar, mas a bola bateu em sua mão e foi para dentro do gol. O goleiro ainda tentou tirar, mas a bola já havia ultrapassado a linha e a arbitragem confirmou o gol.

Só que não foi a única oportunidade criada pelo Rubro-Negro, que mudou um pouco a sua postura. O treinador sempre deixou claro que, com ele, o time seria ofensivo e iria agredir os adversários, mesmo quando atuasse fora de casa. Mas os tropeços recentes e a necessidade de ganhar fizeram com que a tática passasse a ser se defender mais.

“Se você não leva gol, você tem grandes chances de ganhar. Estávamos sempre querendo atacar o adversário, dando campo para eles correrem. E dessa vez fizemos diferente, procuramos marcar mais forte e sair no contra-ataque. Trocamos jogadores ali na frente, entrando jogadores descansados, tocando mais a bola e atuando de forma mais compacta”, explicou o lateral-esquerdo Fabricio.

De volta ao time após não poder enfrentar o Corinthians, Guilherme foi decisivo. Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo
De volta ao time após não poder enfrentar o Corinthians, Guilherme foi decisivo. Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Com isso, o Atlético correu menos riscos. É bem verdade que o Botafogo, principalmente depois de ter levado o gol, pressionou mais e chegou com frequência até à área de Weverton, mas o goleiro teve pouco trabalho. As finalizações da equipe carioca eram em chutes de longa distância e quase sempre para fora. Enquanto isso, o Furacão, quando atacava, era mais perigoso e exigiu mais de Gatito.

Uma estratégia diferente, mas que deu certo. Se antes o Rubro-Negro vinha até jogando bem, mas não refletindo o domínio em resultados, agora fez o que os adversários faziam: não ser o melhor, mas ser mais efetivo, sem abrir mão da postura tática.

“Meu sonho é que minha equipe sempre jogue organizada. Estamos organizados em casa e fora. Tínhamos uma crise de resultados, mas não de jogo, porque criamos ocasiões até de pênaltis e não conseguimos marcar. A equipe vem jogando organizada desde que cheguei aqui, às vezes se consegue a vitória, às vezes não, porque acho que organizado, a gente corre mesmo e sofre menos”, completou o treinador.

Confira a classificação completa do Brasileirão

A partir de agora, serão quatro decisões para o Atlético, que busca os 100% de aproveitamento para ainda alcançar uma vaga na Libertadores. E vencer um concorrente direto fora de casa certamente ajudará para que a confiança também volte ao time em campo.

“Vínhamos jogando muito bem, mas não conseguíamos fazer o gol. Ganhando, temos mais tranquilidade para que consigamos jogar melhor estes últimos quatro jogos para conseguir um objetivo melhor do que estamos conseguindo agora”, finalizou Fabiano Soares.