Atlético viaja hoje para Campo Grande

A partir de hoje, o Atlético se volta para seu principal desafio no 1.º semestre de 2007.

Às 9h, o Furacão embarca para Campo Grande (MS), onde na quarta-feira enfrenta o Coxim, primeiro adversário na caminhada rumo ao título da Copa do Brasil.

A competição é encarada como prioridade total no CT do Caju. Tanto que o Rubro-Negro preferiu largar no Paranaense com o time reserva, enquanto os titulares se preparavam para o torneio nacional. A participação da equipe titular em quatro rodadas do estadual visou muito mais dar ritmo de jogo ao Furacão do que a disputa do certame local.

O objetivo do time da Baixada na Copa não é nada modesto. O Atlético parte em busca de mais um título nacional e da vaga na Libertadores de 2008. Para não dar vexame, o Furacão espera no mínimo superar seu retrospecto na competição, já que nunca conseguiu passar das quartas-de-final.

Cientes da missão, os jogadores rubro-negros prometem dedicação total na busca pelo troféu. ?Agora, será outro pensamento. Sabemos da nossa responsabilidade e vamos trabalhar para buscar o título?, avisa o volante Alan Bahia.

As lições deixadas pelo empate em 1 a 1 com o Adap Galo, pela 11.ª rodada do estadual no sábado, vão acompanhar o Furacão na viagem a Mato Grosso do Sul. ?Lá, temos que entrar muito ligados, durante os 90 minutos. É um outro campeonato e temos que jogar com mais inteligência, porque é um jogo eliminatório?, ressalta Alan.

Recordando a Sul-Americana

O técnico Vadão acredita que o time está pronto para não repetir os erros que vem cometendo no estadual.

?É uma competição eliminatória. Então, temos de ter preocupações defensivas, mas temos de saber que temos potencial de chegar lá e vencer. Já tivemos uma experiência boa com esse grupo na Sul-Americana, então acho que saberemos o momento certo de dosar a parte ofensiva. E não pode acontecer o que aconteceu no jogo contra o Adap, em que demos um momento de bobeira?, afirma o treinador.

A preparação final do Atlético para a partida acontecerá no CT do Cene, em Campo Grande. A única novidade em relação à equipe que enfrentou o Galo no sábado deve ser o retorno de Danilo à zaga.

Coxim tenta honrar o estado

Atual campeão do Mato Grosso do Sul, o Coxim faz uma campanha discreta no estadual este ano. Em quatro partidas, tem duas derrotas e duas vitórias, ocupando o 5.º lugar. No sábado, perdeu fora de casa por 3 a 0, para o Costa Rica.

Com a eliminação do Chapadão, que perdeu em casa para a Portuguesa por 2 a 0, o Coxim é o único representante de seu estado na Copa do Brasil. ?A responsabilidade já existia, e agora é ainda maior, já que somos o único representante do estado que permanece na competição. Vamos enfrentar uma equipe mais forte que a Portuguesa, mas vamos tentar hon-rar o estado?, diz o técnico Amarildo Carvalho.

Atlético nunca passou das quartas-de-final na Copa do Brasil

A Copa do Brasil traz mais lembranças de decepções que de alegrias. Desde a pífia estréia, em 1989, com eliminação na 1.ª fase, até o ano passado, quando caiu diante do Volta Redonda-RJ, o Furacão participou dez vezes do torneio, chegando no máximo até as quartas-de-final.

O Rubro-Negro debutou na Copa em sua primeira edição, em 1989. A torcida esperava mais do time que foi campeão estadual no ano anterior. Mas o Atlético decepcionou contra o Náutico-PE. Após ser derrotado por 1 a 0 em Recife, não passou de um 0 a 0 no Pinheirão, dando adeus à competição.

Em 1991, de novo não passou da primeira fase. Caiu diante do Vitória-BA, com empate em 1 a 1 em Curitiba e derrota por 2 a 1 em Salvador.

No ano seguinte, chegou a empolgar a torcida, passando por Operário-MS e Bahia-BA. Mas não conseguiu resistir ao Palmeiras-SP. Foram duas derrotas: 1 a 0 em casa e 2 a 1 no Parque Antártica.

Após uma ausência de três anos, o Furacão voltou em 1996. Depois de passar pelo Ji-Paraná-RO, partiu para um confronto histórico contra o Santos. Na velha Baixada, atropelou o Peixe com sonoros 3 a 0. Na Vila Belmiro, o empate em 1 a 1, com gol de placa de Paulo Rink, garantiu o Rubro-Negro nas oitavas, diante do Grêmio-RS. No primeiro confronto, o goleiro Ricardo Pinto fez milagre para segurar o empate em 1 a 1. No jogo de volta, em Porto Alegre, o Grêmio venceu por 3 a 0, com três gols de pênalti, todos contestados pelos atleticanos.

Em 1997, o Atlético chegou pela primeira vez às quartas-de-final. Depois de eliminar CSA-AL, Sport-PE e Vasco-RJ, o Furacão encarou o poderoso Corinthians, então campeão paulista. O primeiro duelo, no Morumbi, foi vencido pelo Rubro-Negro, por 2 a 1. Empolgada, a torcida superlotou o Pinheirão, mas assistiu a um verdadeiro show de Mirandinha, Souza e Donizete, que levaram o Timão à incrível goleada de 6 a 2.

O time da Baixada chegou mais uma vez às quartas em 1999. Sampaio Corrêa-MA, Cruzeiro-MG e Portuguesa-SP caíram diante do Furacão. Mas de novo a caminhada parou no Pinheirão, desta vez diante do Botafogo-RJ. Após perder por 2 a 1 no Rio e vencer pelo mesmo placar em casa, o Atlético mais uma vez sofreu com a sina dos pênaltis, perdendo a decisão por 4 a 1.

Em 2000, na primeira Copa na Arena, o Rubro-Negro entrou direto nas oitavas. E por lá mesmo ficou. Foi eliminado pelo Cruzeiro-MG, com derrota de 2 a 1 em Minas e empate de 2 a 2 em casa.

O time que seria campeão brasileiro parou de novo nas quartas em 2001. Depois de uma sofrida classificação nos pênaltis contra o Treze-PB, o Furacão passou por Guarani-SP e Portuguesa-SP. Mas o Corinthians mais uma vez calou a torcida atleticana, vencendo por 1 a 0 o jogo de volta na Baixada, após empate em 0 a 0 em São Paulo-SP.

O Rubro-Negro deu vexame nas duas últimas participações. Em 2003, passou pela Tuna Luso-PA, mas parou na segunda fase contra o Sport-PE, com direito a derrota por 3 a 2 na Baixada. Fora dos torneiros de 2004 e 2005, o Furacão voltou à Copa no ano passado. Mas teria sido melhor continuar de fora. O Moto Clube-MA caiu já no primeiro duelo, com vitória rubro-negra por 3 a 1 no Maranhão. Mas o Atlético não conseguiu passar pelo Volta Redonda-RJ. Perdeu no Rio por 3 a 2 e, na Arena, não passou de um medíocre 0 a 0, para desespero da galera.

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