Atlético tenta evitar soberba

O técnico Mário Sérgio quer que o Atlético ponha um fim à “soberba” que se instalou no clube e contagiou a torcida após a conquista do campeonato brasileiro de 2001. Para o treinador, o time precisa encarar a realidade e saber que precisa trabalhar muito para alcançar o mesmo nível que tinha no título nacional. Com uma campanha decepcionante na atual competição, o comandante rubro-negro pede mais ajuda da torcida para escapar do rebaixamento e, quem sabe, ainda tentar uma vaga na Copa Sul-Americana.

Do dicionário Aurélio: Soberba (ê). [Feminino substantivo do adjetivo soberbo.] S. f. 1. Elevação ou altura de uma coisa em relação a outra. 2. Orgulho excessivo; altivez, arrogância, presunção, sobrançaria, sobranceria. Tudo o que Mário Sérgio quer evitar no restante do Brasileirão para tentar fazer o time voltar aos trilhos. “Nós precisamos acabar com essa soberba de achar que o Atlético, por ter sido campeão em 2001, seja imbatível e tem que ganhar de todo mundo. Isso não existe mais, o nosso presente é outro”, declara.

Por isso, o treinador recorre novamente ao torcedor para empurrar o time nos jogos em casa. “Nós temos que lutar e pedimos o apoio da torcida para que a gente não caia, como caíram outros times como o Botafogo e o Palmeiras, que hoje levam aos estádios uma média de 25 mil pessoas”, analisa. Na verdade, a média do Palmeiras é de 17.434 e do Botafogo apenas 8.007, mas as duas torcidas estão fazendo a sua parte para colocar seus times de volta à Série A. “A torcida do Atlético tem que comparecer no estádio hoje para evitar o mesmo erro em que caíram os torcedores desses clubes, que só se deram conta da situação que estavam quando entraram em campo para disputar a segunda divisão”, aponta.

Além do pedido para os torcedores, Mário Sérgio também mandou mais um aviso para os cornetas de plantão. “As pessoas que querem escalar o time do Atlético, que escalem e assumam a responsabilidade pela escalação. É fácil, me mandem um papel, assinem embaixo, que eu escalo o time”, disparou. Para ele, as pessoas precisam entender que quem escala o time continua sendo ele mesmo. “Não há outra alternativa. Podem criticar, podem fazer o que eles quiserem. O que dá audiência é a crítica”, finaliza.

Preparo ainda pode melhorar, diz Flávio

O técnico Mário Sérgio só deve colocar o elenco do Atlético para trabalhar com bola amanhã. Ontem e hoje, os jogadores se submetem a avaliações físicas e condicionamento para determinar o potencial real de cada atleta para a seqüência do campeonato brasileiro. A expectativa é deixar o grupo na melhor forma possível para a volta da competição contra o Cruzeiro, dia 13, na Arena.

“Na semana passada nós fizemos avaliações na ordem de intensidade, velocidade, agilidade e nesta semana eu fecho e aí eu vou ter uma cara melhor. Mas eu acredito que ainda dá para melhorar bastante”, analisa o preparador físico Flávio de Oliveira. Segundo ele, um clube de futebol não pode relaxar nunca. “A gente pode melhorar, e muito, e é isso que a gente vai fazer”, diz.

Além da exigência física e após o grupo chegar mais próximo da forma ideal, o treinador irá começar a trabalhar tática e tecnicamente. Para enfrentar os mineiros, Mário Sérgio não poderá contar com o zagueiro Rogério Correia (suspenso pelo terceiro cartão amarelo).

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