Atlético tem o maior patrimônio líquido do futebol do Sul do país

Ter apenas dívidas previstas no capital de giro e não precisar de financiamentos para bancar patrimônios milionários como a Arena da Baixada e o CT do Caju. Essas questões são primordiais para que o Atlético seja considerado o clube com maior patrimônio líquido no futebol do Sul do país, com um valor apresentado de R$ 137,21 milhões.

O novo “campeonato” conquistado pelo Furacão no campo patrimonial será oficializado no início de setembro pela revista Amanhã, do Rio Grande do Sul, que elaborou o ranking 500 Maiores do Sul, em parceria com a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers.

No patrimônio líquido, o Atlético chega ser 30 vezes superior a clubes como o Internacional, atual campeão da Libertadores da América, e segundo na lista patrimonial da região, segundo a revista.

Entende-se como patrimônio líquido o capital social agregado do clube. Essa conta está ligada com os investimentos que são feitos e as posses que um clube tem, conforme explicou o contador do Atlético, Mauro Moreira.

Nesse patrimônio social agregado, que define o patrimônio líquido, entram três formas de reservas atleticanas: a social de R$10,32 milhões a de reavaliação, de R$ 91,39 milhões, e a especial, que é o resultado do superávit acumulado em 2009, de R$ 35,49 milhões.

Esses valores ganham destaque pelo fato de que o patrimônio do Furacão – principalmente CT do Caju e Arena da Baixada – está avaliado em R$ 136 milhões no mercado imobiliário.

“Creio que essa expressividade na pesquisa seja pelo fato de não termos dívida em cima do nosso patrimônio. Estamos bem enxutos”, enaltece o contador rubro-negro.

Moreira lembra também um exemplo que ajudou o Atlético na conquista de um novo campeonato na área das finanças. Em 2007, o patrimônio do clube chegou inclusive a ser visto como defasado.

Para controlar a queda nos valores dos imóveis, algo comum no campo contábil, o clube teve que tomar uma medida defensiva. “Foi feita uma reavaliação a preço de mercado e houve um aumento”, explica Moreira, contente em fazer parte do time administrativo do Furacão, que em diversas ocasiões foi colocado como exemplo de caixa para todo o País.

A publicação gaúcha não antecipou os números dos demais clubes do Sul do País. A lista a ser publicada em setembro abrange o patrimônio de empresas de todos os ramos.