Atlético se entrega no último minuto

A festa para a primeira vitória na Arena no Brasileirão estava armada, mas novamente o Atlético não soube como suportar a pressão. Nos acréscimos, o Palmeiras conseguiu o empate e frustrou a expectativa de comemoração de 19 mil rubro-negros que empurraram a equipe durante os 90 minutos. O placar de 2×2, ontem, foi muito lamentado pelo grupo paranaense e comemorado pelo paulista.

Mas se a vitória não veio, a partida serviu para mostrar que a dupla Paulo Baier e Marcinho pode dar certo no Atlético. Foram dos pés desses jogadores que nasceram os gols do Furacão. Agora resta ao Atlético trabalhar muito, pois na outra rodada tem mais um desafio na Arena: o Corinthians.

Pela necessidade de vencer e jogando em casa, esperava-se um Atlético indo pra cima e pressionando. Mas foi o Palmeiras quem mostrou sua força. Dominou os primeiros 15 minutos e teve a chance de abrir o placar aos 8, quando Keirrison recebeu sozinho e perdeu uma grande chance. O Furacão só acordou aos 17, quando o ataque finalmente demonstrou estar em campo. A partir daí o jogo ficou equilibrado. Mas muito chato.

A marcação prevaleceu e as faltas tomaram conta do jogo. Média de uma falta a cada dois minutos. Diante de tanta pegada as oportunidades de gol escassearam e a única do Atlético apareceu numa bonita jogada. Rafael Moura ajeitou para Baier, que chutou cruzado. Marcos salvou o Palestra, espalmando para escanteio. Na saída para o intervalo, o goleiro Vinícius sintetizou bem o que foi o 1.º tempo. “A marcação está prevalecendo. O Palmeiras é bem competitivo, mas temos condições de vencer”, comentou o arqueiro.

E nos primeiros minutos da etapa final, o Atlético marcou. A jogada de bola parada voltou a ter efeito com a qualidade de Paulo Baier. O meia colocou a bola na cabeça de Rafael Santos, que complementou e marcou seu quarto gol na competição. Artilheiro do Furacão. Com a vantagem o time administrou e não correu nenhum perigo. Até que aos 22 minutos, o goleiro Vinícius fez uma lambança e deu o gol de empate a Obina, 1×1.

A situação desestabilizou a equipe, que passou a ser dominada pelo Palmeiras que, sentindo que poderia vencer, lançou-se ao ataque. Mas novamente a bola parada deu um novo alento à torcida rubro-negra. Marcinho cobrou com perfeição uma falta e devolveu o comando do placar ao Furacão, aos 34.

O Palmeiras se lançou para cima e pressionou. Rhodolfo tirou uma bola em cima da linha aos 45, mas não foi suficiente. Nos acréscimos, o Atlético não suportou e entregou o empate. Mais uma vez, Vinícius saiu mal do gol e a bola, após um bate-rebate na área, sobrou para Keirrison marcar seu primeiro gol na Arena e decretar o empate, 2 a 2.