Atlético reclama de custos com Copa 2014

Donos dos três estádios particulares indicados para a Copa do Mundo de 2014, Atlético, São Paulo e Internacional não falam a mesma língua. Enquanto o clube paranaense diz que não tem condições de bancar a obra sozinho, paulistas e gaúchos garantem o investimento e a conclusão dentro dos prazos.

Entre os 12 estádios que receberão os jogos da Copa, apenas a Arena da Baixada, o Morumbi e o Beira-Rio são particulares. Outras oito cidades-sedes indicaram praças de propriedade de prefeituras ou governos estaduais. Recife ainda não definiu se seu estádio será erguido com recursos públicos ou privados.

Com estados e municípios como proprietários da maior parte dos estádios, é cada vez mais certo o uso de dinheiro público em sua construção ou adaptação para a Copa.

A tendência foi reforçada esta semana pelas declarações do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, admitindo que o mundial só será viabilizado com a aplicação de recursos estatais.

Já os proprietários de estádios particulares têm que se virar sozinhos em busca do dinheiro para as obras. Por enquanto, a única ajuda oferecida pelo governo é a possibilidade de uma linha de crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As cidades-sedes têm até o dia 31 de agosto para mostrar ao comitê organizador da Copa os planos de reforma ou construção dos estádios, com licenciamentos ambientais e urbanísticos prévios. As garantias financeiras para a execução dos projetos e seus investidores devem ser apresentados até o dia 31 de dezembro.

Com as obras da Arena orçadas em R$ 138 milhões, o Atlético avisa que não tem como garantir o investimento com recursos próprios. O clube quer a ajuda da organização da Copa e do poder público, na busca de um investidor ou mesmo com a aplicação direta de recursos estatais.

Na última quarta-feira, em Brasília, o vice-presidente do Furacão, Ênio Fornea, participou de uma reunião com o Ministério do Esporte (ME) e o BNDES. Hoje, ele deve se reunir com o presidente Marcos Malucelli. O comandante rubro-negro preferiu não se pronunciar antes da conversa. O clube, porém, reitera a posição de não assumir sozinho qualquer tipo de dívida.

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