Atlético prepara esquema defensivo para o Mineirão

O Atlético já tem a fórmula preparada para vencer o Cruzeiro, às 18h de domingo, no Mineirão: muita marcação no meio e na defesa e contra-ataques rápidos.

O técnico Levir Culpi, por enquanto, faz mistério e esconde o jogo, mas as dimensões do gramado e as indefinições do adversário deverão fazer o Rubro-Negro entrar com cautela na partida que pode valer a liderança do Campeonato Brasileiro. Para este confronto, o volante/zagueiro Bruno Lança e o meia William deverão ser as novidades.

Não que o treinador deseje um time mais fechado para enfrentar os mineiros, mas ele diz que a atitude dos jogadores muda automaticamente quando a partida é fora de casa. “Não muda muito a postura do Atlético, o que muda são os fatores que levam uma equipe a ter um impulso maior dentro de casa. É uma coisa automática”, analisa. Segundo ele, o ambiente estranho acaba influindo na atuação do time. “Alimentação, torcida e campo são fatores que favorecem um bom resultado”, diz.

Isso, no entanto, não quer dizer que o Rubro-Negro irá repetir o mesmo tipo de jogo que fez contra o Santos, que também foi encarado como final de campeonato. “Nós não sabemos exatamente, taticamente, o que o Cruzeiro pretende. O Santos tem uma equipe taticamente mais definida e a gente já sabe como eles gostam de jogar e o Cruzeiro, não. Pode ter algumas surpresas na escalação”, projeta.

Essa parece ser a principal preocupação de Levir. Sem saber muito sobre o adversário, ele também tentou esconder o máximo possível de sua equipe. Ontem, mais uma vez, ele não permitiu a entrada da imprensa no CT do Caju durante os trabalhos táticos e até mandou fechar a persiana da sala da imprensa para impedir os jornalistas de acompanharem os trabalhos. Uma medida discutível, já que entre as frestas das lâminas era possível ver a formação do time para domingo.

Se o treinador irá usar Bruno Lança e William mesmo, aí a conversa é outra, mas os dois têm treinado durante a semana no time de cima e devem mesmo substituir a Rogério Correia e Fabiano, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Com os dois em campo, a estrutura da equipe e o 3-5-2 permaneceriam e ainda seria possível uma variação para o 4-4-2 com o mesmo Bruno atuando como o segundo volante. “Nós temos algumas variações táticas e, dependendo do adversário, isso pode acontecer. Nós vamos estudar também, temos a possibilidade de acompanhar o Cruzeiro jogando (ele iria assistir a partida da Raposa contra o Goiás pela Copa Sul-Americana) e também definir algumas situações em relação à parte tática”, finaliza.

Washington corre atrás do novo recorde

O atacante Washington já alcançou a marca de maior artilheiro do Atlético em campeonatos brasileiros, ao lado de Kléber e Alex Mineiro, com 17 gols, mas não quer parar por aí. Quando entrar em campo no domingo, ele terá a chance de igualar e até ultrapassar os 18 gols que fez pela Ponte Preta no nacional de 2001. Motivação para isso não falta, o coração valente quer deixar seu nome na história do Rubro-Negro e correr atrás de Alex Dias, do Goiás, atual líder da artilharia da competição.

“Eu pretendo ajudar a minha equipe, primeiro para tentar ser campeão, mas, se for para buscar a artilharia já espero que seja na próxima partida. Quanto antes, melhor”, diz. Mesmo assim, ele sabe que é difícil tirar os três gols de diferença que o goiano tem de vantagem. “O Alex tem que ser respeitado, está num bom momento e fazendo gols e eu estou devagarinho ajudando a equipe e, quem sabe, no final, eu seja feliz”, sonha.

De qualquer forma, o atacante é taxativo e vai em busca de todas essas marcas. “A gente vive de desafios e eu sempre quero melhorar. Eu sou daqueles que me cobro para melhorar as minhas marcas. A minha melhor marca é 18 gols em 2001 e tenho grandes chances de alcançar”, destaca. Mas, ainda restam 16 rodadas para o final do Brasileirão e muitas chances para ele bater esses números. “É claro que são mais jogos, só que se for ver a média, dá para ver que eu estou no mesmo nível. Então, espero aumentar essas marcas e entrar para a história”, finaliza.

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