As chances perdidas custaram caro ao Botafogo neste sábado. André Lima desperdiçou um pênalti ainda no primeiro tempo e o time carioca foi derrotado pelo Atlético-PR, neste sábado, por 1 a 0, no Engenhão, em gol irregular de Patrick.
Foi a terceira vitória consecutiva dos paranaenses, que, com 21 pontos, tomam provisoriamente a 13.ª posição dos rivais. Os cariocas caem para a 14.ª colocação, com 19 pontos.
“Não adianta apontar um culpado, todo o time errou. Agora é erguer a cabeça e trabalhar para conquistar as vitórias fora de casa”, disse um cabisbaixo Leandro Guerreiro, após a derrota.
O primeiro tempo foi de baixo nível técnico, com poucas chances de gol. No entanto, o Botafogo teve a mais clara possível. Aos 18 minutos, após cobrança de escanteio, Chico puxou a camisa de André Lima e o árbitro marcou a penalidade. Foi aí que surgiu a polêmica. O técnico Ney Franco chamou Jônatas à beira do campo e deu ordem para que Lúcio Flávio, o batedor oficial, efetuasse a cobrança.
André Lima, porém, na ânsia de subir na tabela de artilheiros, insistiu com o capitão para que lhe deixasse a cargo da tarefa. O resultado foi um chute no poste esquerdo de Gallato, já sem chances de defesa.
Nem um minuto se passou e a mesma trave se interporia no caminho do gol dos cariocas. Victor Simões invadiu a área, driblou dois zagueiros e chutou. A bola desviou e matou Gallato, mas mais uma vez tocou o poste esquerdo. Sob vaias de sua torcida, o Botafogo deixou o campo para o intervalo.
“Eu sou o batedor oficial, mas o André estava se sentindo confiante, tinha sofrido o pênalti. Infelizmente ele perdeu. Paciência”, contou Lúcio Flávio. “Não é legal. A gente tem uma coisa treinada e tem que respeitar. Cobrei tanto do André Lima quanto do Lúcio Flávio. Mas não adianta ficar remoendo agora”, lamentou o técnico Ney Franco.
E a torcida carioca iria lamentar ainda mais. Se não atuava bem nos primeiros 45 minutos, o Botafogo foi ainda pior na segunda etapa. Até esboçou um início de pressão, mas depois deixou-se cair na marcação adversária e, quando teve as oportunidades, as desperdiçou.
André Lima, em uma tarde infeliz, igualou o feito da primeira etapa. Aos 19, Jônatas invadiu a área pela esquerda e rolou à feição para o atacante empatar. Mas André furou bisonhamente. O castigo veio quatro minutos depois. O goleiro Castillo saiu machucado aos 23 minutos, e na cobrança de falta a favor dos atleticanos, o reserva Flávio teve como primeira tarefa buscar a bola no fundo do gol.
Paulo Baier levantou na área, Manoel desviou e Patrick, com meio corpo adiantado, cabeceou para as redes. Dois minutos depois, o Botafogo teria sua última chance. Leo Silva entrou pela direita e cruzou para Victor Simões, livre, na pequena área, tentar uma cabeçada desajeitada e perder o gol feito.
A partir daí, os visitantes apertaram a marcação e tentaram encaixar os contra-ataques. Mas ficou de bom tamanho para os paranaenses, que confirmaram o bom momento desde que Antônio Lopes assumiu o comando do time.
Na próxima rodada, o Atlético vai receber o Barueri na Arena da Baixada, no domingo que vem. Já o Botafogo terá a missão de parar o líder Palmeiras no Palestra Itália, no sábado.
Ficha Técnica:
Botafogo 0 x 1 Atlético-PR
Botafogo – Castillo (Flávio); Wellington, Leandro Guerreiro e Eduardo; Alessandro, Fahel (Tony), Lúcio Flávio, Jônatas e Batista (Leo Silva); Victor Simões e André Lima. Técnico: Ney Franco.
Atlético-PR – Gallato; Nei, Chico, Manoel e Wesley; Valencia, Rafael Miranda, Márcio Azevedo (Renan) e Marcinho (Gabriel); Paulo Baier (Raul) e Patrick. Técnico: Antônio Lopes.
Gol – Patrick, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos – Jônatas, Leo Silva, Victor Simões, Wellington, Alessandro (Botafogo); Chico, Galatto, Wesley (Atlético-PR).
Árbitro – Francisco de Assis Filho (CE).
Renda e público – Não disponíveis.
Local – Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).