A estréia em casa na temporada 2007 não poderia ter sido pior pro Atlético. Jogando um péssimo futebol, o Rubro-Negro foi derrotado por 1 a 0 pelo Rio Branco, ontem à noite, e bateu um recorde negativo em seu estádio. Pela primeira vez, perdeu quatro jogos seguidos na Arena, desde a inauguração, em 1999.
Já o time de Paranaguá fez história, também, ao ganhar duas partidas seguidas em Curitiba. No último domingo, o Leão venceu o Coritiba, por 2 a 1, no Pinheirão.
Os seis pontos colocam o Rio Branco na liderança do Paranaense, ao lado da Adap.
O primeiro tempo foi um verdadeiro passeio dos visitantes. Desde o início, a equipe do litoral partiu pra cima. O Rio Branco já havia reclamado de um pênalti não marcado sobre o atacante Roberto, e criado outras duas boas chances de gol, quando Lúcio Flávio balançou a rede. Após cruzamento de Jonathan, ele subiu no meio da zaga e, de cabeça, venceu o goleiro Vinícius.
Mesmo na frente, o Leão continuou pressionando. Bem armado pelo técnico Saulo de Freitas, o time da Estradinha envolvia totalmente o Ventania, que não encontrava espaços para atacar. Pela direita, Cleomir anulou Rogerinho. Pela esquerda, Beto tratava de fazer o serviço sozinho, errando até cobrança de lateral.
Os mais de 3 mil torcedores que foram à Baixada só se empolgaram na hora de reclamar da diretoria, que proibiu o consumo de alimentos e bebidas nas arquibancadas. Mas após ouvir o coro de ?cerveja? gritado por todo o estádio, os dirigentes do Furacão voltaram atrás e liberaram os comes e bebes, no único momento de alegria pra galera.
O Atlético melhorou na segunda etapa, mas o Rio Branco soube administrar a vitória. Com o tropeço de ontem, o Atlético chegou a dez jogos sem vitória. No próximo domingo, o Rubro-Negro encara o Iraty, no interior do Estado. Já o Rio Branco defende a liderança contra o Cascavel, em Paranaguá.
Desculpa é a falta de entrosamento
A falta de entrosamento e preparo físico, mais uma vez, foi a desculpa para o mau resultado do Atlético. O curto período de preparação foi apontado pelos jogadores e pelo técnico Ivo Secchi como o principal culpado pelo péssimo futebol apresentado pelo time B do Rubro-Negro.
?Temos que levar em consideração que temos só 14 dias de trabalho, com dois jogos oficiais. O time é formado por jogadores jovens ou que vêm de um longo período de inatividade, como o Beto e o Rodrigão. Vamos evoluir gradualmente. Na sexta ou sétima rodada a equipe vai estar bem melhor?, justificou Secchi.
Assim como a torcida, os jogadores não estavam nada satisfeitos após a partida. ?O Atlético mereceu a derrota. Eles vieram aqui, marcaram em toda bola, e nós não fomos Atlético hoje?, disparou, irritado, o meia Evandro.
Em busca da primeira vitória no estadual, o Ventania encara uma pedreira no próximo domingo, quando enfrenta o Iraty, fora de casa.
CAMPEONATO PARANAENSE 2007
1.ª fase 2.ª rodada
Súmula
Local: Joaquim Américo
Árbitro: Héber Roberto Lopes (FIFA)
Assistentes: Frederika Jeager e Igor Adriano Carvalho
Gol: Lúcio Flávio 25 do 1.º
Cartões amarelos: Wellington (CAP); Lúcio Flávio, Elvis e Cleomir (RB)
Renda: R$ 44.235,00
Público: 3.171 (2.373 pagantes)
ATLÉTICO 0x1 RIO BRANCO
Atlético
Vinícius; Alex, Gustavo e Erandir; Rogerinho, Chico, Wellington, Evandro e Beto (Kaio); Rodrigão (Dinei) e Jonatas (Ricardinho). Técnico: Ivo Secchi
Rio Branco
Walter; Thierson (Biro), Leonardo, Allan e Cleomir; Paulo Augusto, Mini, Jonathan (Jeferson) e Lúcio Flávio (Roger); Roberto e Elvis. Técnico: Saulo de Freitas
Marcos Aurélio perde de novo na Justiça
O Atlético venceu mais uma batalha contra o atacante Marcos Aurélio, na Justiça. Ontem, a juíza da 11.ª Vara do Trabalho de Curitiba negou um mandado de segurança pedido pela defesa do jogador. Seus advogados tentavam cassar a liminar expedida a favor do clube, determinando que ele assine um novo contrato com o Furacão ou pague uma multa rescisória de R$ 6,5 milhões.
Assim, Marcos Aurélio continua impedido de jogar pelo Santos, com quem assinou contrato na semana passada. Uma audiência de conciliação está prevista para amanhã, quando as partes terão a oportunidade de celebrar um acordo ou seguir adiante com o processo.
Entenda o caso
Em abril de 2006, o Atlético acertou o empréstimo de Marcos Aurélio junto ao Bragantino. No negócio, o Furacão recebeu a opção de compra de 50% dos direitos financeiros sobre o jogador, por R$ 450 mil, divididos em quatro vezes. Em dezembro,
o Rubro-Negro depositou a primeira parcela, mas Marcos Aurélio não se reapresentou ao clube e assinou contrato com o Santos.