Atletiba

Atlético não toma conhecimento do Coritiba e vence terceiro clássico no ano

Pablo domina e o Atlético ataca. É praticamente um resumo do jogo. Foto: Hugo Harada
Pablo domina e o Atlético ataca. É praticamente um resumo do jogo. Foto: Hugo Harada

Em um Atletiba com estádio diferente, praticamente torcida única (nove torcedores estavam no espaço destinado aos visitantes), protesto contra dirigentes, “transmissão alternativa” e muito calor, o que resolveu foi a diferença tática. Amplamente superior, o Atlético venceu o Coritiba por 2×0, neste domingo (16), na Vila Capanema, e mostrou que a força em casa pode levá-lo para a Libertadores do ano que vem. Mais uma vez os garotos da casa Pablo e Matheus Rossetto foram decisivos. Já os derrotados terminaram a partida deixando grandes dúvidas sobre o rendimento do time na quarta-feira (19), contra o Atlético Nacional, pela Copa Sul-Americana, e na luta para fugir do rebaixamento.

O Atlético teve o domínio do primeiro tempo. Além de já começar com o interesse do ataque, o Furacão contou com a ajuda do Coritiba, por conta da escalação errada de Paulo César Carpegiani, que sacou Iago e Kazim para colocar Edinho e Vinícius. Não funcionou, e os donos temporários da Vila Capanema puderam controlar o meio-campo. Se o Coxa quis dar lentidão à partida, conseguiu, mas isso levou o time a praticamente não oferecer perigo a Weverton até os 30 minutos.

Para comprovar a falha alviverde e o predomínio rubro-negro, o gol aconteceu. Pablo ganhou pela direita e cruzou. Hernani, sozinho, errou o domínio, mas deixou a jogada à caráter para Matheus Rossetto, que vinha de trás também sem marcação – e isso com os visitantes tendo dois zagueiros e dois volantes. O resultado foi mais um golaço do garoto, colocando com categoria no ângulo de Wilson.

O que pareceu uma melhora do Cori após a abertura do placar na verdade foi um recuo planejado do Atlético. Afinal, a vantagem era rubro-negra e o Furacão sabe jogar no contra-ataque, principalmente com Lucas Fernandes. Mesmo assim, Weverton trabalhou numa falta cobrada por João Paulo, e nada mais. Para o Furacão, estava tudo perfeito. O Coxa precisava mudar urgente.

E Carpegiani captou o erro e veio com um time diferente – sacou Edinho e Vinícius e colocou Carlinhos e Kazim.  Mas o Coxa não mudou o esquema defensivo, mantendo Juninho na lateral. Melhor para Lucas, que infernizou o zagueiro improvisado o tempo inteiro. E o desacerto tático dos visitantes beneficiava o Atlético, que não sofria na defesa e ainda chegava com perigo na frente.

Era um pleno controle do jogo. Querendo atacar, o Coritiba não tinha feito uma finalização sequer. E o Furacão, sem forçar, ia colecionando oportunidades, com Hernani chegando inclusive a acertar uma bomba na trave. A última cartada de Carpegiani foi colocar Iago no lugar de Dodô.

Mas quem iria marcar seria o Atlético. Num ótimo passe de Lucho González, Pablo apareceu livre e tocou na saída de Wilson. Com 23 minutos do segundo tempo, o Rubro-Negro resolvia o jogo e mantinha a melhor campanha em casa no Campeonato Brasileiro. A terceira vitória do Furacão em Atletibas em 2016, e assim como as outras com ampla justiça.