O Atlético bem que tentou, mas não conseguiu evitar a festa do São Paulo. Jogando no Morumbi lotado, o Furacão empatou em 1 a 1 com o Tricolor, que contou com a ajuda do Paraná para garantir seu quarto título do Brasileirão.
Empurrado pela torcida, o São Paulo partiu para cima do Atlético desde o apito inicial. Logo aos três minutos, Danilo ficou cara a cara com Cléber, que fez bela defesa, saindo nos pés do meia são-paulino.
O Furacão tinha dificuldades para segurar o ímpeto dos paulistas.
Aos 12, Leandro passou por Evanílson e lançou para Mineiro, que bateu de primeira, por cima do gol. Mas foi explorando o ponto fraco do Rubro-Negro que o São Paulo abriu o placar. Souza bateu falta pela direita e levantou na área. Fabão subiu sozinho e, de cabeça, colocou a bola na rede.
São Paulo 1 a 0
O Atlético esboçou uma reação, mas só conseguiu chegar próximo ao gol numa tentativa de bicicleta de Ferreira, que parou nas mãos de Rogério Ceni.
Sem conseguir passar pela marcação tricolor, o time da Baixada se limitava a se defender e por pouco não sofreu o segundo gol em uma cabeçada de Danilo, que explodiu em cima de Cléber.
Parecia que o 2.º tempo não seria diferente. Longe de suas melhores jornadas, o São Paulo jogava apenas para garantir a vitória e o título.
Já o Atlético aparentava estar mais preocupado em se poupar para o jogo contra o Pachuca, pela Sul-Americana. O técnico Vadão tirou Denis Marques e Marcos Aurélio, para as entradas de Paulo Rink e Válber.
Curiosamente, o Furacão cresceu sem a dupla de ataque titular. Aos 34, Válber fez grande jogada e tocou para Cristian, que mandou uma bomba de fora da área, sem chances para Rogério. Atlético 1 a 1.
A virada quase saiu cinco minutos depois. Valber recebeu livre pela direita e bateu forte. Desta vez, Rogério conseguiu defender, espalmando e evitando o gol da virada do Rubro-Negro.
Nos minutos finais, o São Paulo tratou apenas de administrar o empate, se fechando na defesa.
O Atlético tentou buscar a vitória, mas o placar ficou no empate.
Ao apito final do árbitro, os tricolores não esperaram o fim do jogo entre Paraná e Internacional. Os jogadores partiram para a volta olímpica e a torcida nem sequer imaginou a possibilidade de o Colorado, que perdia por 1 a 0, virar a partida em Curitiba.
Para o Rubro-Negro, o empate serviu para afastar definitivamente qualquer possibilidade de rebaixamento. Com 47 pontos, o Furacão está em 13.º lugar, última posição que garante vaga na Sul-Americana do ano que vem.
CAMPEONATO BRASILEIRO
2º Turno – 36ª Rodada
Súmula
Local: Morumbi (São Paulo-SP)
Horário: 16h
Árbitro: Alício Pena Júnior (FIFA-MG)
Assistentes: Marco Antônio Martins (FIFA-MG) e Márcio Eustáquio Santiago (MG)
Gols: Fabão, aos 24 minutos do 1.º tempo, Cristian, 34? do 2.º tempo.
Cartões amarelos: Erandir, Gustavo, Marcos Aurélio, Alan Bahia (Atlético)
Público: 68.237 pagantes (68.421 total)
Renda: R$ 684.733
SÃO PAULO 1×1 ATLÉTICO
São Paulo
Rogério Ceni; Ilsinho, Fabão, Miranda e Júnior; Mineiro, Josué, Souza (Thiago) e Danilo; Leandro (Alex Silva) e Aloísio (Lenílson). Técnico: Muricy Ramalho
Atlético
Cléber; Evanílson, Danilo, Gustavo e Michel; Erandir, Alan Bahia (Marcelo Silva), Cristian e Ferreira; Dênis Marques e Marcos Aurélio (Válber). Técnico: Oswaldo Alvarez
Delegação do Rubro-Negro já viajou pro México
Segurar o São Paulo no Morumbi lotado deu uma dose extra de confiança ao Atlético. O time embarcou ontem mesmo para o México, com a certeza de que tem condições de reverter a vantagem do Pachuca e garantir uma vaga na final da Copa Sul-Americana.
Os jogadores do Furacão reconhecem que a missão não é nada fácil, mas garantem que o time tem qualidade para conquistar uma vitória em terras mexicanas. ?Fizemos uma boa partida hoje (ontem) e estamos preparados para reverter esse placar. Temos futebol para buscar o resultado?, garante o atacante Marcos Aurélio.
O Atlético espera encontrar em Pachuca um cenário e um adversário semelhantes aos enfrentados na capital paulista. ?Lá também será uma decisão e o estádio estará lotado. A equipe deles joga da mesma maneira que o São Paulo, com duas linhas de 4 jogadores. Foi um teste, agora é chegar lá e repetir esse mesmo estilo de jogo que fizemos no Morumbi, mas um pouco mais agressivo, para conseguir a vitória?, diz o goleiro Cléber.
Para segurar os mexicanos e ao mesmo tempo marcar os gols necessários para a classificação, o Furacão aposta em uma fórmula já conhecida. ?Temos que estudar a reação deles no começo e depois soltar o nosso futebol. Tocar bem a bola e sair nos contra-ataques, saindo pelas laterais. Esse é nosso trunfo. Temos jogadores muito rápidos?, afirma o dono da camisa 1 rubro-negra.
Dago vê pela TV o Atlético
Julio Tarnowski Jr.
A ausência de Dagoberto no jogo de ontem, e também a sua não-ida com a delegação para o México, confirmam os rumores de que o atacante já teria seu destino traçado pela diretoria do Atlético. O jogador nem sequer viajou para São Paulo, contrariando também as informações do treinador Oswaldo Alvarez, que na sexta-feira cogitava inclusive utilizá-lo durante a partida contra o São Paulo, no Morumbi.
A possibilidade de que Dagoberto já esteja negociado aumentou ainda mais junto aos setores do clube. A diretoria do Atlético não comenta o assunto, e só deverá ser manifestar oficialmente após o retorno do confronto de volta, na quarta-feira, contra o Pachuca, pela semifinal da Copa Sul-Americana.
Só uma vitória serve para o Atlético chegar à decisão continental. 1 a 0 para o Furacão leva o jogo para os pênaltis. Com qualquer outro resultado positivo, o Rubro-Negro garante a vaga na final. Ao Pachuca, basta um empate.