Atlético joga para manter vantagem

O Atlético tenta impedir, hoje à noite, na Baixada, que a vantagem conquistada na primeira partida pela Copa Sul-Americana não se torne mais um adversário. Após a vitória de 3 a 1 no Pinheirão, na semana passada, o Furacão quer confirmar sua vaga nas oitavas-de-final e um confronto histórico contra o River Plate, da Argentina.

O bom resultado e os três gols marcados na casa do adversário dão ao Rubro-Negro a chance de seguir na competição mesmo com uma derrota por 2 a 0. Mas também colocam toda a responsabilidade da classificação sobre o time do técnico Vadão.

?Não podemos achar que a responsabilidade é maior que a chance de vencer. Todos queríamos uma vantagem e conseguimos. Agora não podemos fazer disso um adversário?, alerta o treinador.

Já um possível clima de ?já ganhou? é completamente descartado pelo comandante atleticano. ?Isso nunca! Não tem nada definido e a equipe está consciente disso?, garante.

Os jogadores dizem que entenderam o recado e prometem concentração total em busca de mais um triunfo contra o rival. ?É um jogo muito complicado. Temos que respeitar bastante a equipe deles, mas impor nosso ritmo na Arena e buscar uma vitória a qualquer custo?, diz o volante Cristian.

Após cumprir suspensão contra o Internacional, no último domingo, pelo Brasileiro, Cristian está novamente à disposição de Vadão e deve voltar ao meio-de-campo. Mas o técnico rubro-negro faz mistério e vai aguardar

até o último minuto para divulgar a equipe titular. ?Como é um jogo de um perfil totalmente diferente, até pela vantagem que conseguimos, todos os que estão relacionados têm chances de sair jogando. Temos que pensar em todas as possibilidades. Vamos discutir isso com o grupo e assistir mais alguma coisa do Paraná, para definir qual é a melhor estratégia?, afirma Vadão.

O zagueiro João Leonardo foi expulso no Pinheirão e está fora da partida. O experiente César, que atuou contra o Inter, e o jovem Rhodolfo, recém-promovido dos juniores, disputam a posição.

No meio, Erandir, Willian e Alan Bahia brigam por uma vaga. Já a linha de frente continua com Dênis Marques e Marcos Aurélio. Paulo Rink, mais uma vez, deve ficar no banco de reservas.

Para manter a escrita de nunca ter perdido para o Tricolor na Arena, o Furacão conta com a força da galera e com as arquibancadas lotadas. ?A torcida do Atlético é fantástica. Contamos com a ajuda dela para, dentro de campo, mostrar tudo o que a gente sabe jogar?, finaliza Cristian.

COPA SUL-AMERICANA
Fase Preliminar – Jogo de volta
Em campo
Local: Joaquim Américo
Horário: 19h15
Árbitro: Héber Roberto Lopes (FIFA-PR)
Assistentes: Ednílson Corona (FIFA-SP) e Marco Antônio Gomes (FIFA-MG)
Tempo: Dia de calor como os últimos, com umidade alta e pouco vento.
Temperatura: Média de 20ºC durante a partida.
TV: FX, canal 54 da NET e 65 da TVA

ATLÉTICO x PARANÁ CLUBE

Atlético
Cléber; Jancarlos, Danilo, César (Rhodolfo) e Michel; Marcelo Silva, Alan Bahia (Erandir ou William), Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Dênis Marques. Técnico: Oswaldo Alvarez

Paraná
Flávio; Gustavo, Emerson e Edmílson; Peter, Pierre, Batista, Sandro (Gérson) e Edinho; Cristiano e Leonardo (Henrique). Técnico: Caio Júnior

Atlético pressiona Pedro Oldoni pra definir seu futuro

Atlético e Dagoberto continuem agitando os bastidores da Baixada e do CT do Caju.

O atacante Pedro Oldoni está deixando a Massa Sports, empresa que gerencia sua carreira e seria o pivô do desentendimento entre Dagoberto e os dirigentes do Furacão. Pedro estaria sendo pressionado pela cúpula atleticana para rescindir seu contrato com a empresa.

Artilheiro do Rubro-Negro no Brasileirão, com seis gols, Pedro não vem sendo aproveitado pelo técnico Vadão. Ele não atua desde a derrota atleticana para o Paraná, por 2 a 1, no dia 16 de julho, ainda sob o comando de Givanildo de Oliveira. A explicação oficial, dada pela comissão técnica, é que, por ter começado tardiamente a carreira, o atacante estaria treinando fundamentos, para suprir deficiências advindas da sua curta passagem pelas categorias de base.

Porém, nos bastidores, dizem que outros fatores influenciaram a decisão de afastar Pedro do time titular. O presidente atleticano, Mário Celso Petraglia, estaria pressionando o jogador a romper seus vínculo com a empresa, pois enquanto estiver ligado à Massa Sports ele não jogaria mais pelo Atlético.

A atitude do cartola rubro-negro seria uma represália à empresa por sua atuação no caso Dagoberto. Orientado por seus procuradores, Dago recusou todas as propostas para renovar seu contrato com o Atlético. Assim, o clube decidiu acionar a Justiça do Trabalho, para não perder o jogador por um valor muito abaixo do desejado pela diretoria.

O Furacão conseguiu, junto ao Tribunal Regional do Trabalho, através de tutela antecipada, a prorrogação do contrato de Dagoberto até março de 2008, ou 250 dias, período equivalente ao que o atleta ficou afastado dos gramados por uma contusão no joelho. A decisão definitiva sairá no dia 20 de outubro.

Como o Atlético dizia aguardar uma proposta para encerrar a disputa, o assunto esfriou nas últimas semanas.

Porém, segundo os irmãos Malaquias, os dirigentes rubro-negros resolveram pressionar a Massa Sports afastando Pedro Oldoni do time e recusando qualquer proposta pelo atacante. ?Como ele não vem jogando, conseguimos uma oferta do Atlético-MG. Mas ela não foi aceita?, revela Naor.

Os sócios da Massa Sports teriam aceitado rescindir seu contrato com Pedro Oldoni, para não prejudicar a carreira do atacante. A Tribuna tentou contato com o jogador, mas ele não atendeu as ligações nem respondeu aos recados deixados pela reportagem. O pai de Pedro, Jovelino Nascimento, preferiu não comentar o assunto.

?Ainda não tem nada certo?, afirmou.

Já a diretoria do Atlético, como é de praxe, se mantém calada. Procurado pela reportagem, Mário Celso Petraglia afirmou que o clube só se manifestará, se julgar necessário,através do site oficial ou entrevista coletiva.

Hoje a Massa Sports soltará uma nota oficial sobre o assunto.

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