Teto sem solução

Atlético e empresa não têm acordo e obra segue parada

Ainda não foi desta vez que Atlético e Lanik I.S.A., empresa fornecedora do teto retrátil da Arena da Baixada e responsável por supervisionar a instalação da estrutura, chegaram a um acordo para resolver o entrave envolvendo as obras da tampa do caldeirão atleticano. Em nova reunião entre a diretoria atleticana e o diretor-executivo da empresa espanhola, César França, realizada ontem, nas dependências do Joaquim Américo, as partes não chegaram a um novo acordo e a conclusão do teto retrátil da Arena segue sem previsão.

“Conversei muito pouco com o Mário (Celso Petraglia – presidente) e pedi alguns documentos para o Atlético. Mas não ficou nada acertado e meu engenheiro deverá me passar um relatório até amanhã para que possamos emitir um parecer o mais breve possível. A falta de responsabilidade aumenta a cada passo do processo da obra do teto retrátil e os riscos passam a ser eminentes e previstos como grave”, sentenciou César França.

Além do mandatário atleticano, também estavam presentes no encontro o novo engenheiro da obra contratado pela CAP S/A, Augusto de Fonseca, que substituiu Luiz Volpato na semana passada, além do diretor de marketing do Atlético, Mauro Holzmann. Na pauta, também foi falado sobre o tratamento que a empresa espanhola tem com a imprensa na cobertura das obras de instalação do teto retrátil da Arena da Baixada.

Com isso, o Atlético propôs que o clube e a empresa espanhola assinassem um documento conjunto esclarecendo alguns pontos sobre a instalação do teto retrátil da Arena. Porém, diversos pontos foram divergentes com a realidade e César França, então, preferiu não assinar a nota. “Se tem um plano de rigging da obra e equipamentos de ponta para a instalação da estrutura pedi para me mostrarem todos os documentos. Se tem segurança na obra, pedi para me mostrarem. Se preocuparam mais em fatos externos do que tentar resolver o problema que é de instalação do teto retrátil o mais rápido possível”, apontou o dirigente da empresa espanhola.

Ainda durante o encontro, César França emitiu a nota referente ao valor de 94 mil euros do primeiro acordo firmado com o Atlético para que a Lanik I.S.A. realizasse somente a supervisão da instalação do teto retrátil da Arena da Baixada. “Emitimos essa fatura, mas eles não falaram nada ainda sobre pagamento”, explicou França.

Amanhã, o último engenheiro espanhol deverá retornar para a Espanha e, assim, a Lanik I.S.A. deverá apresentar um parecer do estágio das obras, que estão paradas desde a semana passada. Se houver um novo acordo, representantes da empresa espanhola voltarão a trabalhar somente em fevereiro e o teto retrátil deverá ficar pronto somente no final de abril ou no começo de maio. “Meu engenheiro vai me passar um relatório e vamos dar um parecer de onde deixamos a obra até o dia 5, pois cumprimos o nosso compromisso até a data estabelecida. A partir daí, se tiver um novo acordo, voltaremos em fevereiro, mas ainda não há nada definido”, concluiu França.

Atraso

Com a confirmação de que os engenheiros espanhóis só voltarão a Curitiba em fevereiro, se um novo acordo for firmado entre as partes, o prazo da conclusão da instalação do teto retrátil deverá ser mais uma vez postergado. Se chegassem a um consenso ontem, a Lanik.I.S.A. garantia a finalização da obra até o último dia de março de 2015.