Atlético bate Flu e mantém a freguesia

Ufa! Após cinco partidas sem vencer, o Atlético se reabilitou no Campeonato Brasileiro e passou pelo Fluminense por 1 a 0, ontem, no Rio de Janeiro. Justamente em seu freguês de caderneta. O meia Adriano acabou saindo do Maracanã como herói ao marcar, de cabeça, o gol da vitória. Com o resultado, o Rubro-Negro subiu para a sexta posição na competição e o próximo adversário será o São Caetano, sábado, na Arena.

Melhor do que a vitória e os três pontos, nenhum dos oito jogadores pendurados que estavam em campo tomou amarelo. Só faltou aquele futebol vistoso de domingo. Se o técnico Valdyr Espinosa queria o time ligado no Maracanã desta vez, não teve muito sucesso. Ele queria que o time melhorasse a finalização e jogasse mais coletivamente. Nada feito. A equipe não foi tão sonolenta quanto na apresentação diante do Flamengo, mas esteve muito próxima. Demorou a esquentar e quando aqueceu, tropeçou nos próprios erros. A diferença é que o Fluminense é bem pior que os rubro-negros cariocas e não levou muito perigo à meta defendida pelo goleiro Adriano Basso.

Sem organização, o jeito foi apelar para o individualismo e ir na raça. Aí, o atacante Dagoberto se sobressai. Entre os fracos zagueiros fluminenses, o jogador pintou e bordou. Mas pecava justamente naquilo que Espinosa mais pedia, a finalização. Até Cocito curtiu uma de atacante e quase marcou. Era apenas um pouquinho de capricho para chegar ao gol. O retrato do Tricolor foi dado por Zé Carlos e Andrei que, numa bola fácil, bateram cabeça. O segundo levou a pior e ficou com a supercílio sangrando.

No intervalo, o treinador puxou a orelha da moçada que voltou com a pilha toda. O Atlético bateu o centro, partiu para o ataque com Alessandro que foi pela direita e cruzou com perfeição para Adriano. O Gabiru cabeceou com estilo para abrir o placar. Mas aí, o vermelhidão nas orelhas foi saindo e o sono bateu novamente. O time recuou demais e permitiu o avanço do Fluminense. Quando sai nos contra-ataques a cena voltava a se repetir. Erros e mais erros de passe e de finalização. O treinador ainda arriscou e pôs Jadílson no lugar de Dagoberto, mas a substituição não surtiu efeito. Com mais essa vitória sobre o Flu, o Atlético soma 11 conquistas em Brasileiros sobre o rival carioca, contra apenas um empate e uma derrota.

Rodrigo Sell

Espinosa chama galera para reviver a decisão

O técnico Valdyr Espinosa, do Atlético, quer novamente o apoio da torcida na partida de sábado contra o São Caetano. Após tirar a uruca de cinco partidas sem vitória, o treinador respirou aliviado pelo resultado, mas sabe que ainda tem muito a corrigir para fazer o time voltar ao seu trilho normal. Para tanto, espera que o Caldeirão volte a ferver para ajudar a empurrar o time.

“Ontem nós éramos oitavo e hoje somos sexto. Nem tudo são rosas, os caminhos são difíceis, mas nós estamos percorrendo bem”, destacou. Apesar do resultado, Espinosa não espera uma aclamação na Arena, mas sim que os torcedores respeitando seu trabalho. “Naquele momento (partida contra o São Paulo) eu estava de cabeça quente e falei mesmo. Não retiro aquilo que disse, mas também sempre disse que tenho uma admiração muito grande pela torcida”, apontou. O treinador considera a massa uma das responsáveis por algumas das grandes atuações do Rubro-Negro.

Hoje, o grupo volta a trabalhar no CT do Caju, mas apenas para um trabalho leve. O treino apronto acontece amanhã pela manhã e a tendência é que Espinosa mantenha a mesma equipe. Na conversa, os pedidos deverão ser os mesmos novamente. Mais atenção nas finalizações e mais jogo coletivo. As novidades poderão ser as presenças do goleiro Flávio, do zagueiro Gustavo e do volante Vital no banco de reservas.

Sobre o jogo de ontem, o técnico só lamentou as chances desperdiçadas de liquidar o Fluminense. “Depois do gol, nós tivemos o contra-ataque totalmente para nós. Houve dois momentos de mano-a-mano, com a defesa bem postada, o meio trabalhando bem, mas aquele último passe não aconteceu”, lamentou. Por isso, ele justificou o sufoco que os cariocas acabaram impondo em determinados momentos do segundo tempo. “Tecnicamente foi inferior ao jogo do São Paulo, mas houve esforço de todos. Foi bom, mas poderia ser melhor”, finalizou.

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