Atleticanos não projetam revanche contra o São Paulo

Se o técnico Paulo Autuori, do São Paulo, queria ?esquentar? a semana da partida contra o Atlético pelo Campeonato Brasileiro, terá que procurar outra provocação. A declaração do treinador no sítio oficial do clube paulista, de que o jogo de sábado será ?uma guerra?, foi esfriada pelos jogadores do Rubro-Negro. Com os dois times lutando para fugir do rebaixamento, a partida tem tudo para se transformar numa ?decisão? às avessas, mas sem revanche da final da Copa Libertadores da América.

A declaração de Autuori foi motivada pela partida no meio de semana de sua equipe pela Copa Sul-Americana. ?É possível que alguns jogadores ganhem um tempo no meio de semana para se guardar para o jogo contra o Atlético, que vai ser uma guerra?, disparou. A previsão do treinador leva em conta a pressão que a torcida irá fazer contra o time do São Paulo, eleito novo inimigo desde que o clube paulista se recusou a atuar na Arena na final da Libertadores. Mesmo assim, os jogadores preferem deixar essa ?guerra? para o grito da galera.

?Nós estamos encarando como um jogo normal do Campeonato Brasileiro. A Libertadores já passou, foi um campeonato à parte, não conseguimos o resultado esperado, mas agora é outra história?, apontou o goleiro Diego, titular da equipe na partida contra o Tricolor no Morumbi. Para ele, a revanche, se tiver que acontecer, tem que ficar nas arquibancadas. ?O torcedor está ansioso por esta partida e espero que essa ansiedade seja transformada em apoio ao time em campo?, destacou o arqueiro.

A opinião dele é corroborada pelo ala-esquerdo Marcão, outro que estava na final do torneio internacional. ?Esta parte tem que ser deixada para os torcedores. As duas melhores equipes da América estão no lado oposto no Brasileiro, temos que esquecer que é revanche e não levar isso para campo?, analisou. De acordo com ele, o mais importante no momento é fugir do rebaixamento. ?A torcida vai querer que a gente vença para mostrar que se o jogo da Libertadores fosse na Arena, a final seria diferente, mas temos que estar tranqüilos?, ponderou.

Pelo sim, pelo não, a torcida deverá lotar a Arena para presenciar a final que não aconteceu na Libertadores. Os ingressos para esta partida deverão estar à venda a partir de amanhã, se for respeitado o prazo de 72 horas de antecedência previsto no Estatuto do Torcedor.

Batente começa bem cedo no CT do Caju

O Atlético volta ao batente hoje pela manhã e bem cedo. Depois da derrota para o Paysandu no sábado e da longa viagem de volta de Belém, o elenco já se reapresenta no CT do Caju logo às 7h. Além dos treinamentos para a partida contra o São Paulo, às 18h10 de sábado, na Arena, o grupo será submetido a exames de rotinas. No time, as novidades deverão ser as voltas de Marcão, Cocito, Evandro, Ferreira, Finazzi e possivelmente Aloísio e Dagoberto.

Como acontece periodicamente, os jogadores passarão por uma bateria de exames. O departamento médico coletará amostras de sangue de cada atleta enquanto o departamento físico vai avaliar a situação cardiovascular de cada um. Esse é um procedimento de rotina e no rol de exames estão até testes de HIV. Como isso acontecerá bem cedo, não haverá folga nenhuma. Logo em seguida, o técnico Antônio Lopes assume o comando e já começa a trabalhar com o elenco principal.

E como vai ter que trabalhar. Além de ter o São Paulo pela frente, o Rubro-Negro está a dois pontos da zona de rebaixamento e precisa voltar a pontuar. Para tanto, terá as voltas de Marcão e Ferreira após o cumprimento da suspensão automática e ainda poderá ter as voltas de Evandro, Finazzi, Aloísio, Cocito e Dagoberto, todos no departamento médico. A tendência é que todos voltem ao time, se tiverem condição. Dos titulares, o único que já está fora é Lima, que levou cartão vermelho no sábado.

Contratempos

Além do abatimento pela derrota em Belém, o time ainda sofreu com o retorno para Curitiba. A viagem, que começou na tarde de domingo na capital paraense, só terminou ontem em São José dos Pinhais. Atrasos de vôos devido ao fechamento de aeroportos obrigaram o time a uma maratona de idas e vindas entre hotel e aviões, até a conclusão da turnê.

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