Em Curitiba

Escolas de futebol do Boca Juniors ensinam a raça dos argentinos aos pequenos

Dizem que os argentinos têm um jeito próprio de jogar, com muita raça, determinação e entrega. Admirados por muitos e odiado por outros, um fato é unanimidade: não há como negar a paixão que o povo da Argentina apresenta pelo futebol. E foi pensando em trazer para Curitiba um pouco dos ensinamentos dos hermanos que um grupo de empresários fundou há cinco anos a primeira unidade de uma escolinha oficial do Boca Juniors no Paraná.

E é em solo paranaense que nesta quarta-feira Athletico e Boca Juniors se enfrentam na Arena da Baixada pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. E alguns pequenos fãs de futebol estão muito ansiosos para torcer, acreditem, para os argentinos. Sonhando em um dia poder ser grandes estrelas do mundo da bola como Messi e Tévez, os cerca de 400 alunos das três escolinhas do Boca Juniors aprendem de forma emocional e técnica a representarem a equipe que já foi seis vezes campeã da Libertadores e três vezes campeões mundiais.

“Os alunos adoram. A gente passa essa questão da raça dos argentinos, da vontade, da entrega e eles tentam reproduzir isso quando estão nos jogos”, garantiu Diogo Arcie, coordenador de duas unidades.

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Ao trazer a marca para Curitiba os fundadores pensaram em como poderiam oferecer ao público um ensino diferenciado do futebol. A parceria com o Boca traz algumas vantagens aos alunos da escola – que, inclusive, podem ter a chance de fazer intercâmbio.

“Utilizamos a metodologia do próprio clube seguindo cartilhas de treinamento. Temos avaliação técnica com um coordenador da base do Boca Juniors que vem aqui uma vez por ano para escolher um aluno para passar por testes na Argentina, treinando com os profissionais de lá”, contou Diogo. Cinco atletas da franquia paranaense já passaram por esses testes.

Foto: Felipe Rosa.
Diogo destaca que a metodologia de treinamento é a mesma da aplicada na Argentina. Foto: Felipe Rosa.

Os pequenos que treinam na escolinha, ainda que sejam brasileiros e possam até torcer pelos times daqui, se identificam com a equipe xeneize. E a admiração aumentou ainda mais quando eles puderam ver os ídolos de perto. Em abril, quando o Boca jogou contra o Athletico pela primeira vez, eles foram ao hotel em que o time estava hospedado para conhecer os craques.

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“Dava pra ver na carinha deles como estavam ansiosos. Quando estavam próximo aos jogadores, ficaram maravilhados, mesmo com a língua dificultando a comunicação eles estavam muito felizes”, lembrou o coordenador.

João Arthur ressalta momento inesquecível com os ídolos. Foto: Felipe Rosa.
João Arthur ressalta momento inesquecível com os ídolos. Foto: Felipe Rosa.

Após uma foto com todo o elenco, o atacante Benedetto e o lateral Buffarini ficaram para autografar as camisas dos fãs. Um momento inesquecível para João Arthur Machado, de 10 anos. “Foi legal, sempre sonhei em ver os jogadores de perto. O Benedetto ficou o tempo todo lá, assinando as camisas. Já vi ele jogar e gosto bastante. Acho ele muito bom”, disse o pequeno, que mesmo com a admiração pelo o atencioso atacante, tem um estilo de jogo parecido com outro craque do Boca.

“Dizem que eu jogo como o Pavón. Acho ele muito bom, ele joga na ponta esquerda assim como eu, mas ele é destro”, afirmou o pequeno craque.

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Outro aluno que saiu deslumbrado da visita aos jogadores foi Anderson Augustinho Junior, de 9 anos. “O que mais gostei de conhecer foi o Benedetto porque ele passou o maior tempão assinando as camisas”, contou. Empolgado, ele já apostou no placar do confronto com o Furacão neste primeiro jogo. “O Boca vai ganhar de 3×0”, garantiu Anderson que confessou algo que o fez torcer ainda mais pelos argentinos neste confronto. “Eu torço pro Coritiba, então quero que o Athletico, que é nosso rival, perca”, revelou.

Anderson vai torcer pelo Boca. Foto: Felipe Rosa.
Anderson vai torcer pelo Boca. Foto: Felipe Rosa.

Matando a saudade

A escola atende alunos de 4 a 17 anos e não são só os brasileiros que procuram a marca Boca Juniors em Curitiba. Há também aqueles que desde sempre tiveram o time no coração. “Temos aqui filhos de argentinos que moram em Curitiba e que até são sócios do Boca Juniors, participam da torcida e vão a todos os jogos do time quando estão no Brasil. Então eles se sentem mais próximos do país com os filhos jogando aqui”, explicou.

A escola também oferece uma vez por ano a participação aos atletas em um treinamento dentro das categorias de base do time, na Argentina. A compra do intercâmbio do ‘camp’ é separada do valor da mensalidade e opcional.

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Rubro-negros

Ainda que a maioria dos alunos brasileiros da escola estejam na torcida para o Boca Juniors no confronto com o Athletico, há outros que mesmo vestindo a camisa do time argentino nos treinos e competições querem a vitória do Furacão na Libertadores.

É o caso do pequeno Iago Arcenio Campana, de 9 anos, que garantiu que o Furacão vai fazer mais uma vez bonito. Fã justamente de um argentino, ele não aceitou as provocações dos amigos e mesmo em minoria, firme, defendeu as cores do Rubro-Negro. “O Athletico vai ganhar fácil de novo e com mais gols do Marco Ruben”, arrematou o garoto.

Iago joga na escolinha do Boca, mas é fanático pelo Athletico. Foto: Felipe Rosa.
Iago joga na escolinha do Boca, mas é fanático pelo Athletico. Foto: Felipe Rosa.

Serviço:

Escola do Boca Juniors em Curitiba
Unidade Campo Comprido – Rua Renato Polatti, 2535b
Unidade Bacacheri – R. Equador, 348
Unidade São José dos Pinhais R: Almirante Alexandrino, 2700
Aulas duas vezes na semana: R$ 125
Mais informações: (41) 99115-4004
www.bocajuniorsbrasil.com.br /unidadescuritiba

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