O atacante Leonardo conta os dias para a sua volta aos gramados. Se não houver imprevistos, na próxima semana – contra a Gama ou Ponte Preta – ele estará no banco de reservas, à disposição do técnico Rogério Perrô.
Mesmo com um discurso cauteloso, quem conhece o jogador percebe a ansiedade em suas palavras. Talvez uma ansiedade parecida com aquela que Leonardo viveu quando vestiu a camisa tricolor pela primeira vez, em 2006.
Naquele ano, o Tricolor “tirou” Leonardo do ostracismo, apostando suas fichas no atacante, que estava há tempos encostado por conta de uma lesão de tornozelo. O atacante chegava com a missão de substituir Borges, que na temporada anterior brilhou no Paraná no Brasileirão.
Foi artilheiro do time e um dos destaques do clube na conquista do título paranaense, que pôs fim ao jejum de quase nove anos. Foi também um dos responsáveis pela conquista da inédita vaga na Libertadores da América.
Negociado ao Flamengo, vivia a expectativa de uma projeção ainda maior. Porém, pouco jogou no rubro-negro carioca e, para piorar, passou a conviver com uma pubalgia. Lesão que o tirou dos gramados até agora, num total de dez meses de “estaleiro”.
“Foi um período duríssimo. Houve momento em que pensei em largar tudo”, disse o centroavante. Foram três cirurgias e um longo período de total inatividade. “Mal conseguia andar. Felizmente isso é passado, estou bem e muito confiante”, disse o jogador.
Leonardo, porém, já avisa que o retorno será gradativo. “Preciso de uns cinco jogos, mais ou menos, para recuperar o ritmo. Só então vou estar apto a jogar 90 minutos”, lembrou.
Pelo processo rigoroso de recondicionamento físico, todos esperam que Leonardo não passe por pequenas lesões musculares, tão comuns aos jogadores que ficam tanto tempo parados. “Estou chegando para ajudar. Só que não vou resolver sozinho essa carência de gols. Se o time não está marcando, não é problema do ataque, mas do time todo”, afirmou.
Experiente – e com poder de liderança no grupo -, Leonardo faz uma análise simples. “Quando a defesa vai bem, é porque atacantes e meias estão ajudando a marcar. Lá na frente, acontece o mesmo. O atacante, isolado, não vai ser a solução”, arrematou.
Leonardo participou ontem de um treino tático – em campo reduzido – junto com os titulares. Num ataque contra defesa, formou o setor ofensivo ao lado de Éverton. “Nos próximos dias, acredito que vou estar presente em uns dois ou três coletivos. Aí, vou me sentir mais à vontade e pronto para ajudar.”