Vítima de uma doença renal crônica, Assis escondeu a doença até mesmo dos amigos mais próximos. Somente o seu médico e familiares tinham conhecimento do problema. “O Assis a gente não esperava agora. Foi muito cedo. Eu não sabia que ele tinha esse problema de saúde e nos deixa muito triste. Nos falávamos bastante, sempre que possível nos encontrávamos e eu fiquei muito surpreso. Ele não falava disso, não gostava de comentar sobre a doença”, disse o ex-jogador Nivaldo.
Nem mesmo o presidente do Fluminense, Peter Siemsen sabia que o caso era mais sério. O dirigente tinha conhecimento da doença, mas afirmou que a gravidade da situação jamais foi comentada pelo ex-atleta. “Falei com ele tem um mês, quando estivemos juntos. Rimos, brincamos, falamos do futuro. Não tínhamos consciência disso, mas a doença se agravou por causa de uma bactéria. Se não fosse isso, ele poderia viver normalmente com a família dele. Nos encontrávamos constantemente. Ele transmitia uma alegria e não falava nada da doença”, declarou. Nos últimos dias, Assis sofreu uma infecção conhecida como peritonite, que ataca o abdômen e os órgãos no local e agravou sua situação.
Porém, o fato de ter perdido o seu ex-companheiro Washington no final de maio pode ter colaborado para a sua debilitação nos últimos dias. “Quando você perde um parceiro, um grande amigo, claro que você sente, ainda mais em um quadro debilitado, como era o caso do Assis. Deprime um pouco, vem a falta do parceiro e queira ou não, colabora. Talvez tenha sentido bastante isso”, apontou Tóbi.