O Atlético jogou ontem no Pacaembu e perdeu para o Corinthians por 2 a 1. Resultado normal, se for considerado apenas o nível dos elencos. Porém, o que marcou a partida não foi a superioridade técnica do adversário, mas a intervenção do árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique, que é Fifa, no resultado da partida. Desde os primeiros minutos, o “apito amigo” do Corinthians procurou minar o Rubro-negro, principalmente na marcação de faltas. O prejuízo maior, no entanto, ocorreu no 2.º tempo, quando o time atleticano teve seu goleiro expulso e um pênalti bastante duvidoso, de Alan Bahia sobre Souza, que resultou no gol da virada do Corinthians.
Excluindo-se os erros de arbitragem, o Atlético teve um 1.º tempo com boa consistência defensiva, quando soube anular as jogadas do Corinthians. Tanto que Neto realizou apenas uma defesa, e sem dificuldade. Em compensação, não criou nenhum perido ofensivo, principalmente devido ao número excessivo de passes errados. Para abrir o placar, aos 45 da etapa inicial, o Furacão contou com a sorte. O estreante Wagner Diniz cobrou falta esperando a entrada de um companheiro na área. A bola passou sem tocar em ninguém e enganou Felipe: 1 a 0.
Antes de sair na frente, o Atlético recebeu o primeiro cartão de visitas da arbitragem. Aos 42, Marcelo de Lima Henrique expulsou Paulo Baier, acusando o jogador de ter desviado a trajetória da boa com a mão. Porém, o jogador rubro-negro foi deslocado no lance. Minutos antes, o árbitro já havia “amarelado” o capitão atleticano por reclamação. “Ele está de marcação comigo. Já me expulsou contra o Palmeiras. Não fiz falta, de novo. Em todo o lance ele dizia que ia me expulsar”, afirmou Baier, sobre as ameaças recebidas. A arbitragem foi a mesma que atuou no polêmico Palmeiras 1 x 0 Atlético, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, há duas semanas, quando Paulo Baier foi expulso e Marcelo de Lima ignorou a hostilidade racista contra Manoel.
Erros clamorosos
No 2.º tempo, os erros grosseiros de arbitragem persistiram. Os mais gritantes ocorreram aos 23 e aos 38 minutos. No primeiro lance, Danilo fez falta por trás e já tinha cartão amarelo. O juiz não expulsou o corintiano, o que revoltou o treinador rubro-negro. “Chamo a atenção para o lance. O Danilo fez a falta, o árbitro colocou a mão no bolso (para retirar o cartão), mas ao ver que era o Danilo, e que ele iria ser substituído, mandou manda substituir. Ali eu fiquei muito chateado porque mudou toda a história do jogo”, disse Leandro Niehues. No momento da falta do jogador alvinegro, a partida estava empatada por 1 a 1, após Souza marcar seu gol em um bonito arremate de fora da área.
No minuto seguinte ao lance polêmico com Danilo, o Atlético sentiu o rigor da arbitragem contra ele quando Neto sai do gol para evitar um avanço de Dentinho e, ao dar um carrinho fora da área, foi expulso. Porém, o lance determinante da partida aconteceu aos 38 minutos, em uma marcação duvidosa de penalidade, após voo cinematográfico de Souza dentro da área. Ronaldo deslocou o goleiro e decretou a vitória corintiana por 2 a 1.
Nesse lance, ao marcar pênalti, o árbitro deveria ter expulsado Alan Bahia, que já tinha cartão amarelo. Outro “equívoco” do apitador, dentre tantos cometidos.
Mesmo com 9 em campo por quase metade do 2.º tempo, o Atlético comprovou ter um bom sistema defensivo, já que agüentou bem a pressão alvinegra até o final do jogo. O destaque da partida foi Rhodolfo, que salvou o time em diversas oportunidades. Na próxima rodada, o Atlético faz sua estreia em casa, diante do Guarani. Já o Corinthians encara o Grêmio, em Porto Alegre.