Após Alemanha, seleção italiana visita campo nazista na Polônia

A delegação italiana aproveitou os dias que antecedem a estreia na Euro para visitar o campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, hoje. O local funcionou a partir de 1940 e foi desativado em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial. A Polônia é sede da Euro, assim como a Ucrânia. A partida de abertura será na sexta entre Polônia e Grécia, em Varsóvia, às 13h de Brasília.

O campo de concentração fica a cerca de 70 km de Cracóvia, no sul da Polônia. Cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram nas mãos dos nazistas durante a guerra. Os 23 jogadores da Itália e o técnico Cesare Prandelli foram recebidos por autoridades judaicas e ouviram os depoimentos de Piero Terracina, Anna Weiss e Samuel Modiano, três sobreviventes de Auschwitz.

“Como todo mundo, eles leram livros e viram documentários, mas estar presente aqui é diferente. Se estamos aqui é porque a memória ainda está viva para que aquilo nunca mais se repita”, disse Modiano ao site da federação italiana. “Minha comunidade tinha 1.500 pessoas e foram salvos 31 homens e 120 mulheres. Eu tinha apenas 13 anos, estava sozinho no mundo e foi uma dor enorme. Quando os russos chegaram, eles nos perguntaram como tínhamos nos salvado. A resposta que encontrei é que minha missão é explicar que somos todos iguais, que não existem diferenças raciais e que aquilo nunca mais deve acontecer”, completou Modiano.

O goleiro Gianluigi Buffon depositou uma coroa de flores brancas, vermelhas e verdes (cores da bandeira italiana) no muro onde aconteciam as execuções. “É uma experiência que te deixa atordoado. Sinto um grande vazio”, disse o meia Riccardo Montolivo. Na última sexta-feira, a delegação alemã também visitou o local, mas nem todos os jogadores estavam presentes. A seleção italiana se prepara para o início da Euro. A equipe de Cesare Prandelli está no Grupo 3, ao lado de Croácia, Espanha e Irlanda. A estreia será no domingo contra a Espanha, às 13h (de Brasília), na Polônia.

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