Que jogão!

Apesar da má fase, Brasil x Argentina promete muita emoção

O último jogo oficial também foi no Mineirão e o Brasil meteu 3x0. Daniel Alves, Phillippe Coutinho e Marquinhos estarão em campo. Di María é banco. Foto: Pedro Martins/MoWa Press

Brasil e Argentina. A maior rivalidade entre seleções do futebol mundial terá um novo capítulo às 21h30, no Mineirão, na semifinal da Copa América. Certamente houve momentos mais empolgantes (os confrontos em três Copas do Mundo, 1978, 1982 e 1990) ou de maior qualidade, mas nunca se perde em emoção. O jogo vale mais do que a classificação para a final, é um teste de fogo e que pode apontar caminhos para o futuro tanto da nossa seleção quanto da deles. A partida terá transmissão da RPC.

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Vale lembrar que a tabela da Copa América foi feita para que esse encontro só acontecesse na final. Caso passasse em primeiro em seu grupo, a Argentina iria para o outro lado da chave, o que parecia ser o caminho perfeito para o êxito da competição. Mas ao perder para a Colômbia logo na estreia, os nossos rivais foram se encaminhando para o lado brasileiro, o que se confirmou depois das quartas de final, com as duas seleções vencendo Paraguai e Catar.

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A tabela, os locais de jogos e a organização da Copa América foram feitos, sejamos sinceros, para garantir o Brasil na decisão. Mais do que o confronto com os portenhos, o que se espera é que a seleção dispute a final – agora contra Chile ou Peru, que se enfrentam amanhã, em Porto Alegre. Internamente há essa pressão, a CBF tornou essa competição numa obrigação de conquista. E apesar que oficialmente não se coloque uma derrota como fundamental na continuidade do trabalho de Tite, é óbvio que a pressão será enorme em caso de eliminação hoje.

Scaloni, o técnico de uma Argentina conturbada. Foto: Marcello Dias/CA2019
Scaloni, o técnico de uma Argentina conturbada. Foto: Marcello Dias/CA2019

O treinador já não é a unanimidade de antes da Copa de 2018. Aquele futebol que reaproximou o torcedor da seleção sumiu, surge apenas em alguns flashes, o que é insuficiente para dar muita confiança. Diante do Paraguai, o time sofreu para finalizar, e quando conseguiu parou em Gatito Fernández e na própria incompetência. O sistema ofensivo vive uma crise, o que deve levar Tite a fazer mais mudanças no jogo de hoje. Willian, que entrou bem nas últimas duas partidas, pode ser a surpresa.

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Do lado argentino, a contestação vem de longe. São anos sem título, anos de trocas de treinadores e falta de convicção da AFA. Uma crise institucional que impediu Messi de brilhar com a camisa de sua seleção. Por mais que haja sempre o papo de “ele não joga igual ao Barcelona”, o fato é que a ausência de uma filosofia de trabalho faz com que a Argentina não consiga dar possibilidade do camisa 10 brilhar de verdade. E não parece que vai mudar – vencendo a Copa América, o técnico estepe Lionel Scaloni segue; perdendo, vão atrás de outro.

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Mesmo assim, Lionel Messi é o melhor jogador do mundo. Pode decidir em um lance, como Maradona decidiu em 1990. Por isso, a seleção brasileira se prepara para encarar o craque do Barça, não o cara que se apaga em uma equipe desmontada. Ao mesmo tempo, Tite sabe que será preciso render bem mais do que o Brasil rendeu na competição.

Afinal, a rivalidade faz isso. Na decisão da Copa América de 2007, a seleção de Mineiro, Josué, Júlio Baptista e Vágner Love atropelou o time de Messi, Riquelme, Verón e Tévez. Todo cuidado é pouco. E sempre é especial acompanhar – e torcer – em um Brasil x Argentina.

Ficha técnica

COPA AMÉRICA
Semifinal

BRASIL x ARGENTINA

Brasil
Alisson; Daniel Alves, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Arthur e Phillippe Coutinho; Willian, Gabriel Jesus e Everton.
Técnico: Tite

Argentina
Armani, Foyth, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; Paredes, De Paul e Acuña; Messi, Lautaro Martínez e Agüero.
Técnico: Lionel Scaloni

Local: Mineirão (Belo Horizonte-MG)
Horário: 21h30
Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)
Assistentes: Christian Lescano (EQU) e Byron Romero (ECU)
VAR: Leodan Gonzalez (URU)