Apesar da derrota, rodada foi boa para o Paraná

O Paraná Clube segue no “fio da navalha” neste 2.º turno da Série B. Enraizado na 10.ª colocação, o time do técnico Guilherme Macuglia, mesmo tendo sido derrotado pela Ponte Preta, se manteve a 6 pontos do G4. Na prática, o único prejuízo foi ver a distância para a zona do rebaixamento cair de sete para cinco pontos. “Temos que estar atentos a tudo e vencer este próximo jogo a qualquer preço”, disse o treinador paranista.

No sábado, o Tricolor recebe o São Caetano, que faz uma campanha de recuperação e na jornada passada goleou o ABC. O clube paulista chegou aos 43 pontos – um a menos que o Paraná, distanciando-se do ZR. “Não vamos perder o foco. Temos seis jogos difíceis pela frente, mas temos que superar problemas e fechar bem o ano”. O revés da sexta-feira passada (4 x 3 para a Ponte Preta) reduziu para apenas 1,7% as possibilidades de acesso, segundo o site www.chancedegol.com.

Porém, Náutico, Americana, Sport e Boa Esporte também perderam. Na prática, a rodada foi sob medida para Bragantino, Criciúma e Vitória, que encostaram de vez no G4. Após 32 rodadas, e 320 jogos disputados, a média para o acesso caiu significativamente. O Americana, que se manteve na 4.ª colocação mesmo perdendo para a Portuguesa, tem um rendimento de 52,1%. Caso esse desempenho não se altere uma série de confrontos diretos pode contribuir para isso , é possível sonhar com o acesso com 60 pontos.

Já na questão do rebaixamento, o “número mágico” continua sendo 47 pontos. “Temos que vencer esse próximo jogo e, dependendo do que acontecer na rodada, a gente vê até onde é possível chegar”, disse o atacante Ricardinho. “Só espero que nesta reta final a arbitragem não nos complique, como aconteceu contra a Ponte Preta”, emendou. Internamente, mesmo reconhecendo os erros defensivos, o inconformismo era com a arbitragem do goiano André Luiz de Freitas Castro, que mudou os rumos da partida ao marcar um pênalti inexistente a favor da equipe campineira, no final do 1.º tempo.

A contar de sábado, serão seis jogos três em casa e três fora em apenas um mês. Jogos que vão selar a sorte do Tricolor numa temporada tumultuada, com direito a uma disputa judicial pela permanência na Primeira Divisão do futebol paranaense. Uma contagem regressiva marcada pela incerteza – a palavra que melhor se encaixa à atual realidade do Paraná Clube.