O diretor técnico da Federação Paranaense de Futebol, Amilton Stival, diz já estar “quebrando a cabeça” para encontrar uma tabela para a Divisão de Acesso. Caso os clubes do interior não aceitem a antecipação do torneio para fevereiro (ou março) a entidade terá que encaixar os 18 jogos da primeira fase em meio às 38 rodadas da Série B, sem que haja conflito de datas. Nas entrelinhas, dá a entender que o Paraná Clube, nesse formato, teria que montar um elenco “grande” para atender às duas competições.
Seria, num formato ideal para a FPF, mais ou menos assim: o Paraná jogando a Série B às terças e sextas (ou sábados) e encarando a Divisão de Acesso às quartas e domingos. “Isso não vai acontecer. Não temos a mínima condição de manter duas estruturas. Não envolve apenas jogadores, mas comissão técnica e todo o aparato de uma equipe profissional”, resumiu o vice financeiro do clube, Celso Bittencourt. O Paraná usa como escudo as regras da CBF.
O Regulamento Geral das Competições da CBF estabelece que nenhum clube ou atleta profissional poderá atuar sem que se respeite o intervalo mínimo de 66 horas entre os jogos. Além disso, o próprio calendário da FPF estabelece que os estaduais (não se fala se de Primeira ou Segunda Divisão) devem ser disputados de janeiro a maio. “Não estamos comprando briga com ninguém. Se for para antecipar, melhor”, analisou Bittencourt.
Já prevendo dificuldades, Stival trabalha com outras hipóteses. Uma delas, seria a antecipação da disputa para o mês de abril (e não em maio, como estabelece o calendário da FPF). A outra seria iniciar a competição no dia 1º de maio (uma terça-feira). Assim, conseguiria realizar pelo menos cinco (das nove) rodadas do primeiro turno antes do início da Série B, programado pela CBF para o dia 19 de maio.