Ameaças contra o árbitro Wagner Tardelli na mão da polícia

A bronca da torcida paranaense com o árbitro Wagner Tardelli virou caso de polícia. O juiz afirma que vem sendo vítima de ameaças de morte, supostamente feitas por torcedores do Paraná e do Coritiba. Seriam dezenas de telefonemas feitos diariamente para o celular de Tardelli, sempre com o DDD de Curitiba (41).

A denúncia de Tardelli foi feita em uma entrevista à rádio Bandeirantes, de São Paulo. ?Não são torcedores e sim bandidos. Minha mãe se recuperou de uma séria enfermidade há três anos e não pode passar por isso. Minha esposa também está bastante aborrecida. Já tomei as providências e agora é com a polícia. Tenho todas essas ameaças gravadas?, avisa.

As ligações começaram após atuações desastrosas de Tardelli, que prejudicaram clubes paranaenses. Pela Copa do Brasil, no dia 24 de abril, ele ajudou o Internacional a eliminar o Paraná Clube, ao expulsar dois jogadores do Tricolor e não marcar um pênalti claro sobre o meia Everton. O Inter venceu o jogo por 5 a 1.

Um mês depois, foi a vez do Coritiba sofrer com os erros de Tardelli. Pela terceira rodada do Brasileirão, o Coxa empatou em 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi. O árbitro não marcou dois pênaltis cometidos pela defesa paulista.

A partir daí, Tardelli não teve mais sossego. Torcedores organizaram uma campanha para atazanar a vida do juiz. Além dos telefonemas, ele foi alvo de ameaças também pela internet. ?Aceito que as diretorias contestem minha arbitragem. É um direito que eles têm e faz parte do futebol. Agora, não posso aceitar que eu e meus familiares recebamos ameaças?, afirma.

A situação chegou ao conhecimento não só da polícia, mas também da Associação Nacional do Árbitros de Futebol (Anaf). ?É um caso que nos preocupa muito. Nunca vi uma situação parecida. O Tardelli tem nossa solidariedade e vamos acompanhar isso de perto?, diz o presidente da entidade, Jorge Paulo de Oliveira Gomes.

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