Alviverde vence o segundo clássico no Estadual

O Coritiba não tomou conhecimento do Paraná Clube, ontem, no Couto Pereira. Venceu por 4 x 2 e segue líder isolado do returno do Estadual. Além disso, chegou a nove vitórias seguidas na competição – um recorde na história do clube.

O triunfo poderia ser até por um placar mais elástico, dada a boa vantagem que o Coxa abriu no 1.º tempo. No entanto, na etapa final o time se acomodou e deixou o Tricolor reagir.

O clássico chegou a ficar 3 x 2, mas o Alviverde retomou as rédeas da partida e sacramentou o placar. A vitória do Coritiba sustentou o tabu de 15 anos sem que o Tricolor consiga vencer no Alto da Glória.

Apesar de estarem nas duas primeiras colocações na abertura da rodada, a classificação geral mostrava a diferença entre Coritiba e Paraná. Enquanto o líder geral tinha 35 pontos, o desafiante somava apenas 11.

Uma diferença brutal que poderia ficar mais equilibrada n rivalidade, na tradição e no peso da camisa tricolor. A reação paranista também poderia pesar na balança, mas o Alviverde mostrou que não é a melhor equipe na competição por acaso.

Em casa, diante da torcida, e querendo muito ser campeão com antecedência, transformou a partida num treinamento. No primeiro tempo, o Paraná Clube não teve uma única oportunidade concreta de gol e tomou três.

Pesou para isso ficar sem Kerlon, que saiu lesionado. Mas o Coxa também teve baixas em Bill e Pereira, que deixaram o campo sentindo problemas musculares. Antes da baixas alviverdes, porém, Davi abriu o placar aos 18, num petardo de fora da área.

Bill, quatro minutos depois, ampliou, após Tiago Rodrigues bater roupa e dar o rebote ao atacante. Emerson, no estertores do primeiro tempo, aproveitando uma sobra dentro da área fez 3 x 0. O bombardeio foi um castigo para o arqueiro paranista, que já vinha se desdobrando para segurar o marcador.

Na volta para o segundo tempo, Ricardo Pinto soltou o verbo. “Ou você corrige os erros ou vai tomar mais”, disparou o treinador para os próprios jogadores. Do outro lado,  o problema de Marcelo Oliveira foi perder Eltinho logo a quatro minutos.

Sem possibilidade de novas substituições, o Alviverde tratou de administrar o ímpeto para se poupar e não sofrer novas baixas. Com isso, Tricolor acordou a tempo de esboçar uma reação.

Mais ousado, quando a própria torcida não acreditava mais, o Tricolor aproveitou as brechas na defesa alviverde. Se Kelvin não acertou o chute que tentou, Luís Camargo e Paulo Henrique foram mais competentes e deixaram a partida tensa, com gols aos 34 e aos 42. O clássico dava sinais de vida, mas voltando a jogar o que sabe o Coritiba sacramentou o resultado com Anderson Aquino aos 44 do 2.º tempo.