Adriano aceita ser vendido para dar “retorno” ao Coxa

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Adriano aceita ser vendido pra
não deixar o Coxa "a ver navios".

"Eu quero sair agora para que o Coritiba tenha um retorno na minha negociação". A frase é de Adriano, que confirmou o interesse em uma saída imediata do Alto da Glória, ao contrário do que se imaginava.

Para ele, e para outros clubes interessados, o melhor seria a saída em agosto, quando seu contrato encerra, e ele sai sem qualquer pagamento ao Coxa. Mas o lateral entendeu o pensamento coxa, e luta para "sair por cima", nas próprias palavras dele – e para continuar sonhando com a seleção.

A atitude de Adriano facilita a vida do presidente Giovani Gionédis, que manifestou até pressa na saída do jogador. "Estamos esperando as propostas, mas certamente ele não fica no Coritiba depois de janeiro", afirma. "Eu conversei com o presidente, e entendi o que o Coritiba está pensando. Acho que é certo, e eu quero fazer isto para sair do clube pela porta da frente, deixando tudo aberto para o futuro", concorda o lateral.

O problema é que o Coritiba ainda não recebeu nenhuma proposta oficial nesta "janela" européia. O clube corre contra o tempo – no dia 31 o mercado volta a se fechar para negociações, o que impediria uma possível saída antecipada. "Quem está recebendo as propostas são os procuradores do Adriano. Depois, eles nos passam", explica Gionédis, confirmando que, de oficial, só teve a proposta do Porto, há dois meses. "Para mim, veio a informação que havia uma lista de jogadores, e eles acabaram escolhendo o Leandro, que era do Cruzeiro", conta Adriano.

Caso isto não aconteça, ficam dois caminhos: o do futebol asiático ou de negociações no Brasil. Adriano só soube do interesse de Palmeiras e Corinthians através de amigos. "Meus empresários são amigos do Mustafá (Contursi, presidente do Palmeiras) e do Alberto Dualib (presidente do Corinthians). Eles até brincaram que eu estava entre o Verdão e o Timão", conta o jogador. A possibilidade mais clara seria o "Timão", já que o clube está buscando um lateral-esquerdo – o argentino Placente, do Bayer Leverkusen, é o mais cotado.

O outro caminho é totalmente descartado. Adriano quer sair para um grande mercado, para manter viva a chance de ser convocado para a seleção brasileira. "Não vou para qualquer clube. Eu tenho planos para o futuro, e entre eles está a seleção. Falei para a minha esposa que este é o ano da minha afirmação, para que em 2006 eu tenha grandes possibilidades de ir para a Copa do Mundo", afirma.

Antes disso, entretanto, Adriano quer acertar a sua vida – e a do Coritiba. "Eu espero que tudo possa se resolver da melhor maneira possível. Meu interesse é que nós não tenhamos divergências, e que eu saia agora para retribuir o clube que me abriu as portas. Se tudo correr como estamos esperando, isto realmente vai acontecer", finaliza o lateral.

Lopes a espera do "presente"

O técnico Antônio Lopes continua esperando. O presente prometido pelo presidente Giovani Gionédis ainda não chegou, mas a intenção da diretoria é apresentar dois jogadores na segunda-feira – o tal meia-armador canhoto e um centroavante. Apesar da confirmação do próprio Gionédis de que o Coritiba está tentando contratar um lateral-esquerdo, é possível que não venha um jogador para esta posição agora, já que o "presente" é um jogador que também atua como ala.

"Está vindo um rapaz que cria jogadas, marca gols, tem presença no meio-campo e que, se realmente vier, será uma surpresa agradável para a torcida coxa e para todo o público paranaense", anuncia Antônio Lopes, com certa pompa. Segundo o coordenador técnico Sérgio Ramirez, se tudo der certo este jogador (que estava no exterior) chega na segunda. "Estamos acertando alguns detalhes, e possivelmente na segunda vamos apresentar ele e também um centroavante", confirma.

Mas o nome de Negreiros, que foi muito ventilado durante o dia, está descartado. "Este jogador não está nos nossos planos", comenta Ramirez. Já o nome de Edmundo – assim como no ano passado é Antônio Lopes quem dá o veredito. "Não tem nenhuma possibilidade. Não é um jogador que nos interessa", resume o delegado.

Outro nome que não consta dos planos, segundo a diretoria, é o meia Fabinho, do Albirex Niigata, do Japão – e que já esteve no Coxa em 2001. Ele se encaixa nas características pedidas por Lopes e confirmadas pela direção, mas segundo Sérgio Ramirez nem foi citado nas conversas internas. Apesar da dificuldade, Antônio Lopes continua esperançoso. "Estou esperando. O presidente prometeu, e ele geralmente cumpre", finaliza.

De volta

O zagueiro Nivaldo já está treinando normalmente no CT da Graciosa. Ele se apresentou após disputar a Série B do Campeonato Brasileiro pelo Fortaleza, que subiu para a primeira divisão. Mas ele não deve permanecer no Coritiba.

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