Criador e criatura

Adilson Batista quer surpreender antigo mestre

O Atlético busca hoje, às 18h30, no Canindé, somar seus primeiros pontos no Campeonato Brasileiro. O duelo contra o Palmeiras, pela 3.ª rodada do Campeonato Brasileiro, tem uma peculiaridade: será um confronto entre criador e criatura. Foi o atual treinador do alviverde, Luiz felipe Scolari, quem ensinou Adilson Batista a dar os primeiros passos como técnico de futebol.

Em 2001, logo após encerrar a carreira como zagueiro, Pezão pediu ao “mestre” uma vaga como estagiário na comissão técnica do Cruzeiro. Meses depois, ele iniciava na profissão, treinando o Mogi Mirim-SP.

Será a segunda vez que o aluno enfrentará o professor. A primeira foi no ano passado, no empate por 1 x 1 Corinthians e Palmeiras, quando Adilson Batista estava no Timão.

“O Felipão é gente boa. Tenho o maior carinho e respeito por ele. Foi uma convivência muito boa quando eu era atleta do Grêmio e depois no Jubilo [Iwata, do Japão]. Foi um aprendizado, ele é um pai para mim dentro do futebol”, admite o técnico do Atlético, que também já estagiou com Scolari na seleção de Portugal e no Chelsea, da Inglaterra. Por isso, seu desafio, hoje, será conseguir surpreender Felipão.

Allan Costa Pinto
Adilson Batista: preparando um “nó tático” pra surpreender Felipão.

Para isso, Adilson Batita sinaliza que vai mudar o esquema tático do Rubro-Negro. O treinador do Furacão manteve o mesmo estilo de trabalho de preparação, mas admite que em campo as mudanças serão sentidas.

“O trabalho foi o mesmo, na parte tática a gente pensou e poderemos entrar com um jeito diferente. No trabalho tático sim [teve mudança] no dia a dia. [Mexemos] no que achamos importante para que eles tenham condições e apresentem um bom futebol, mas usamos a mesma metodologia”, disse o técnico atleticano.

A maior mudança deve ser no setor ofensivo, com dois homens jogando no ataque. Sem Guerrón, vetado, Adaílton está garantido no time. Falta agora definir se o seu companheiro será Nieto ou Madson e até mesmo Héverton, que na Portuguesa jogava mais como atacante – apesar de ser meio-campo.

Não está descartada também a hipótese de Cléber Santana perder vaga no meio-campo, para dar mais movimentação ao setor de criação. “Pode ser o Nieto com o Madson, e ainda tem o Héverton. Mas pode ser três meias e só o Nieto. Deixa o meu amigo Luiz Felipe Scolari pensando um pouquinho lá”, brincou Adilson.