A bancada da bola já está fora do jogo

Rio de Janeiro (Lancepress!) – A bancada da bola se deu mal. A maioria dos cartolas candidatos a algum tipo de cargo nas eleições não obteve sucesso, ao contrário dos parlamentares que participaram ativamente da CPI do futebol, tanto na Câmara como no Senado.

O cartola-símbolo Eurico Miranda (PPB) levou um cartão vermelho do eleitorado. Além de não conseguir a re-eleição como deputado federal pelo Rio de Janeiro, fez um papelão na hora de votar. Com seus seguranças trajando o uniforme do clube do qual é presidente, o Vasco, tentou furar a fila alegando ter direito por ser deputado federal.

Em Minas, outros dois cartolas não foram eleitos, Zezé Perrela, presidente do Cruzeiro e candidato ao Senado pelo PFL, e o ex-presidente do mesmo clube (1991-1994), César Masci (PTN), candidato a deputado federal.

No Amapá, o senador Gilvan Borges (PMDB) não conseguiu reeleição. Coincidência ou não, ele foi o último parlamentar a desistir de votar contra a CPI do futebol.

Aldo Rebelo (PC do B), que presidiu a CPI do futebol na Câmara, foi irônico ao responder sobre o insucesso da bancada da bola.

– Eles sabem o que fizeram. Não gosto de comentar sobre quem perdeu as eleições – afirmou ele, que foi reeleito para o quinto mandato como deputado federal de São Paulo.

Alvaro Dias (PDT), presidente da CPI no Senado, foi outro parlamentar da comissão que teve sucesso nas eleições. Passou para o segundo turno no Paraná, em primeiro lugar.

Os ex-atletas não tiveram muita sorte nestas eleições. A bancada dos ex-jogadores de vôlei, com Pampa (PFL) disputando o cargo de deputado federal em São Paulo, Paulão no Rio Grande do Sul e Bernard (PSB) o de deputado estadual no Rio de Janeiro, não conseguiu se eleger.

– Eles são profissionais em política – afirmou Paulão, referindo-se aos concorrentes eleitos. Para o ex-meia de rede da seleção de 92, os eleitores não associam a imagem de um ex-atleta com a de um político.

Aurélio Miguel (PFL) também não teve sucesso em sua candidatura como deputado federal, em São Paulo. Nem o Capita de 1970, Carlos Alberto Torres (PDT), convenceu o eleitorado, perdendo a eleição para deputado federal pelo Rio de Janeiro. A exceção foi Roberto Dinamite (PMDB) que se reelegeu, como deputado estadual. Delei, líder de votos do PV, aguarda o coeficiente eleitoral para saber se será deputado federal pelo Rio ou não.

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