Por oito anos

Sergio Moro é eleito senador do Paraná após derrotar Paulo Martins e Alvaro Dias

Sergio Moro
Sergio Moro. Foto: Isaac Amorim/Arquivo/Ministério da Justiça

Sergio Moro (União Brasil) vai ser o representante do Paraná no Senado Federal por oito anos. Em eleição realizada neste domingo (02), os eleitores decidiram pela escolha do político para o cargo, com 33,71% dos votos válidos. O segundo colocado foi Paulo Martins (PL) com 29,10 %, seguido por Alvaro Dias (Podemos) com 23,82%, números com 97,65% das urnas apuradas.

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A eleição para senador era uma das mais esperadas no pleito paranaense devido à forte concorrência. Nas pesquisas eleitorais, Álvaro Dias e Moro estiveram revezando na primeira posição. Essa foi a primeira eleição disputada por Moro, após ser o titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública do presidente Jair Bolsonaro.

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Trajetória política

Sergio Fernando Moro, 50 anos, é um jurista, ex-magistrado, ex-professor universitário e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi juiz federal, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro.

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Ganhou notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas, como a Petrobras e a Odebrecht.

Em 2017, no âmbito dessa operação, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decisão que foi posteriormente anulada pelo colegiado do STF em 23 de junho de 2021, ratificando a Segunda Turma do tribunal que julgou Moro ter agido com parcialidade em relação ao ex-presidente Lula, e declarando, definitivamente, a suspeição do ex-magistrado no caso. 

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Em novembro de 2018, pediu exoneração da magistratura, após aceitar o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para ser titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em 20 de novembro de 2018, foi nomeado para compor o Gabinete de Transição Governamental, e em 1° de janeiro de 2019 tomou posse como ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em 24 de abril de 2020, pediu demissão em entrevista coletiva, após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. Passou a atuar na iniciativa privada como advogado e consultor.