Obra eterna!

Promessas dos candidatos pra Linha Verde: fim de sinaleiros, obras à noite e abertura de caixa preta

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Eleição 2020 se aproximando e a pergunta que não quer calar vem à tona: Quando a Linha Verde ficará pronta? A via, cujas incontáveis obras e desvios iniciaram em 2006, 14 anos atrás, é motivo de muita dor de cabeça para os curitibanos. Na campanha passada, inclusive, o prefeito e atual candidato à reeleição Rafael Greca (DEM) prometeu que iria finalizar tudo em sua atual gestão, mas até agora nada. Para responder esta questão a Tribuna foi atrás e perguntou para os 16 candidatos à prefeitura de Curitiba seus planos para a conclusão da obra.

Além da Linha Verde, os trechos que eram para estar concluídos há muito tempo ainda causam transtorno para a população como, por exemplo, o andamento de obras na região do trevo do Atuba, na área Norte da capital, que foi já foi tema de reportagem recente na Tribuna. Sem contar o tráfego lento em áreas críticas como nos bairros Prado Velho e Tarumã. A previsão de conclusão é dezembro de 2021.

Antes de Greca, prefeitos anteriores também tiveram que lidar com atrasos, travamento de licitações e falhas de projeto que só pioraram vida dos pedestres e motoristas, como a ausência de passarelas, trincheiras e excesso de sinaleiros.

Mas e agora, vai? Essa foi a pergunta que a Tribuna fez aos 16 candidatos a assumir a prefeitura de Curitiba em 2021. Fomos saber quais são os planos dos candidatos para a Linha Verde, se as obras serão finalizadas, se o próximo prefeito vai receber a Linha Verde do jeito que vier ou se fará mudanças de projeto em trechos críticos.

O que dizem os candidatos

Rafael Greca (DEM)

Rafael Greca, que prometeu ter a Linha Verde pronta na sua última campanha, disse que a gestão dele herdou problemas crônicos. Segundo Greca, ele “está desatando todos os nós para manter e concluir os serviços da via de 22 quilômetros que liga Curitiba de norte a sul”. Ainda de acordo com Greca, os trabalhos estão em ritmo intenso e isso só se tornou possível após a recuperação dos financiamentos da Agência Francesa de Desenvolvimento e da Caixa Econômica Federal e substituição, por inadimplência, da empresa que estava executando as obras.

“Duas novas licitações tiveram que ser realizadas. Em apenas um dos trechos foi possível convocar a segunda colocada no processo licitatório para assumir o saldo remanescente da obra. O importante e é fato irrefutável que agora a Linha Verde não apresenta mais nenhuma obra paralisada nos três lotes em execução”, explicou. Os lotes a que ele se refere são o trecho entre a Avenida Victor Ferreira do Amaral e a Rua Fagundes Varela, a trincheira que liga Bairro Alto e Bacacheri pelas ruas Fúlvio José Alice e Amazonas de Souza Azevedo e o trecho entre o Conjunto Solar e o Atuba.

O candidato disse que novas pistas de rolamento estão sendo implantadas, canaleta exclusiva do sistema de transporte coletivo, um complexo de trincheira, dois viadutos e suas alças. “A realidade do trânsito irá mudar completamente na região, que terá fluxo contínuo, sem paradas, entre os bairros Santa Cândida e Atuba, entre Curitiba e Colombo, entre as regiões norte e sul da cidade”, promete Greca.  

Sobre a demora na finalização das obras, que foram promessa na eleição passada, Greca disse que “as obras são complexas, seguem o tempo da engenharia e o rigor das leis que regem a execução de obras públicas. Os que subestimam visam só o lucro eleitoral e não possuem conhecimento técnico para criticar ou propor soluções”, apontou.

Rafael Greca também informou que mantém em seu plano de governo a proposta de concluir a Linha Verde e, durante a atual gestão, realizou todos os esforços possíveis para isso. “De acordo com os prazos contratuais e conforme já foi amplamente divulgado, a previsão é de que as obras sejam concluídas em 2021, parte até a metade do ano e parte até o fim do ano”, finalizou. 

Goura (PDT)

Defensor do uso da bicicleta como meio de transporte modal, de acordo com Goura, a Linha Verde “é um histórico de erros e de falta de planejamento urbano”. Ele disse que a rodovia poderia, de fato, integrar Curitiba com toda a região metropolitana de uma forma mais inteligente. “Você pode olhar, desde a questão da ciclomobilidade. Temos uma estrutura cicloviária muito mal feita, muito precária na Linha Verde. A falta de trincheiras, a falta de viadutos. É óbvio que essa obra precisa ser concluída o quanto antes. Os transtornos que nós estamos vivenciando aqui, na região Norte, no Atuba, são muito prejudiciais”, apontou.

O candidato aposta em novas adequações nas obras, caso assuma a prefeitura no ano que vem. “É necessário que haja urgência na conclusão dessas obras e adequações que se fizerem necessárias para a transposição com trincheiras e viadutos, para a segurança dos pedestres, que precisam sim de estruturas seguras para o cruzamento e para o uso da bicicleta que está previsto formalmente, mas nunca foi implantado. Vamos garantir orçamentos e projetos que tragam uma melhoria nos pontos negativos da obra”, afirmou.

Com o gancho da Linha Verde, Goura prometeu dar a Curitiba uma mobilidade urbana sustentável, com trânsito seguro para todos. “Os condutores de automóveis, os motociclistas, usuários do transporte coletivo, pedestres e ciclistas precisam estar seguros. É importante que a gente pense essa multimodalidade, com a construção de calçadas, com a implantação de rotas acessíveis para as pessoas com deficiência, com a implantação de ciclovias e ciclofaixas que conectem toda a cidade, principalmente os terminais do transporte coletivo, as escolas, as universidades e os polos geradores de tráfego”, disse.

Christiane Yared (PL)

Quando começaram as dificuldades no repasse para a continuação da obra da Linha Verde, a Christiane Yared disse que tentou por inúmeras vezes, como deputada federal, rever a questão do projeto junto ao Ministério dos Transportes. Segundo ela, isso sempre esbarrou nas tratativas com a prefeitura de Curitiba. A promessa agora, se for prefeita, é ativar um projeto de revitalização do projeto existente. “Isso é necessário porque várias são as deficiências do projeto inicial, que não contempla as trincheiras, embora sejam totalmente viáveis. Além disso, elas trarão a melhoria necessária para que o tráfego  flua de forma a dar mais comodidade e segurança para a população”, argumentou a candidata.

A Christiane Yared tem na segurança do trânsito uns dos seus principais focos de atenção, após o acidente fatal sofrido pelo filho. “Porque não basta o trânsito fluir, tem que zelar pelo usuário para não criar novos problemas de segurança no trânsito que, afinal, envolve vidas. Como prefeita, farei com que haja a conclusão do projeto e, também, as readequações com as vias necessárias através das trincheiras”, prometeu.

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

João Arruda (MDB)

O candidato a prefeito de Curitiba, João Arruda, apresentou a proposta de reestruturação da Linha Verde com a eliminação dos semáforos e nove obras de intervenções, entre trincheiras e viadutos. “Vamos diminuir o tempo do trajeto de uma hora para 25 minutos. Isso vai impactar de forma positiva na vida dos trabalhadores de Curitiba e da região metropolitana que precisam usar a Linha Verde, de automóvel ou de ônibus. Será um grande avanço para a mobilidade urbana da capital e mais tempo para os curitibanos poderem passar com a família”, explicou o candidato.

De acordo com ele, a proposta integra o plano estratégico do MDB para reestruturação e renovação urbana, elaborado pelo arquiteto e urbanista, Luiz Forte Netto. “A Linha Verde, além de ser uma obra que demorou tempo demais para chegar ao estágio atual e ainda não foi concluída, se tornou um gargalo que dividiu a cidade em duas. Precisamos intervir rápido para resolver esse problema e não ficar dormindo no ponto como faz o Ippuc atualmente”, disse João Arruda.

Ainda segundo João Arruda, o projeto não pode continuar com poucas passagens para pedestres e com os semáforos do jeito que estão. “Prejudica tanto pedestres quanto motoristas. Precisamos de uma Curitiba que integre centro e periferia, mas também entre os próprios bairros. Superar essa visão de Curitiba apenas do centro”, completou.

Carolina Arns (Podemos)

A candidata Carolina Arns defendeu que a Linha Verde é um dos principais eixos de transporte de Curitiba, mas, segundo ela, o que era para ser uma solução acabou se tornando um transtorno devido aos longos anos de obras e um histórico de atrasos e mudanças em relação ao projeto inicial. “Vão resultar em uma entrega incompleta do que havia sido previsto originalmente. Os curitibanos já perderam a paciência, e com razão. Temos que concluir a obra definitivamente, agindo com rigor na fiscalização e com agilidade nas providências administrativas ou judiciais nos casos de descumprimento contratual”, afirmou.

De acordo com a candidata, é necessário planejar e implementar melhorias em razão dos gargalos de tráfego já constatados. “O passo seguinte será pensarmos na expansão da Linha Verde para além dos limites da cidade, como eixo viário de integração da Região Metropolitana de Curitiba. Essa integração é necessária não só para resolver os problemas de afunilamento com os quais convivemos hoje nos limites do município, mas também para o desenvolvimento urbano de toda a região metropolitana”.

Se for eleita, para fazer o que diz a Carolina Arns pretende criar parcerias com o governo estadual, com as prefeituras dos municípios vizinhos e com as concessionárias que administram as rodovias limítrofes. “Temos que dar prioridade ao instrumento da Operação Urbana Consorciada Linha Verde, que está previsto em legislação já aprovada. Através dessa operação, que envolve intervenções da prefeitura em parceria com proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, será possível promover transformações urbanísticas relevantes, conquistar melhorias sociais mais consistentes e ainda valorizar o meio ambiente”, apontou ela.

A candidata também explicou que pretende estimular investimentos no entorno da Linha Verde, “contemplando zonas específicas para usos comerciais, habitacionais, desportivos e até industriais por meio da outorga dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC)”.

Professora Samara (PSTU)

Candidata pelo PSTU, Samara Garratini afirmou que pretende utilizar concursados da prefeitura para dar sequência às obras. “Devemos suspender o pagamento para as empresas contratadas e exigir a entrega do que foi prometido, romper com as empresas terceirizadas que fazem a obra e fazer a contratação diretamente pela prefeitura, utilizando os engenheiros e os técnicos já concursados para administrar a obra na cidade”, disse. Segundo a candidata, é preciso refazer o projeto, incluindo estudos geográficos de aumento da população e a rota dos trabalhadores da cidade. “Assim, pensamos em diminuir o trânsito nos trechos já finalizados com a construção de viadutos e trincheiras”, disse.

Dr João Guilherme (Novo)

Candidato pelo Novo, Dr João Guilherme observou que a Linha Verde virou Linha Vermelha, “de vergonha que temos dessa importante obra que dura 14 anos e nunca termina”, disse. A primeira medida da gestão de João Guilherme será concluir a obra, incluindo equipes para trabalho à noite, finais de semana e feriados.
Segundo o candidato, após a conclusão do trecho até o Atuba, será necessário intervir em pontos críticos, como soluções para passagem de nível. “Serão estudadas soluções efetivas para cruzamento como da Senador Salgado Filho, Pinheirinho e Tarumã. Para isso, serão feitos projetos e contratos com seriedade, verificando a condição financeira e idoneidade da empresa a ser contratada”, disse.

Trincheira entre Bairro Alto e Bacacheri é um funil com constantes congestionamentos. Solução é outra trincheira cujas obras foram retomadas. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Marisa Lobo (Avante)

A candidata Marisa Lobo afirmou, se eleita, que irá concluir as obras da Linha Verde, o que, “nenhum prefeito teve a dignidade de fazer”. A candidata falou que também sente na pele os prejuízos da demora. “Moro com minha família no Bairro Alto e sofro como qualquer cidadão curitibano, que espera anos pela conclusão das obras que nunca chegam. Usaram a Linha Verde como barganha política, para deixar o povo refém, ou para tentar mostrar serviço. São obras com ritmo muito lento, com muitos semáforos em sua extensão. A região afetada precisa urgentemente de trincheiras, mas no lugar certo”, disse.

Sobre a trincheira a candidata disse à Tribuna que irá tirar uma das trincheiras inacabadas que está em obra há quatro anos, “desta atual gestão incompetente, que isolou a Igreja Batista do Bacacheri – um verdadeiro desrespeito aos cidadãos que frequentam aquele templo – uma trincheira sem função alguma, um buraco a céu aberto, prejudicando todos os moradores da região”, alertou. “Foram quatro anos gastando dinheiro público, um verdadeiro descaso do atual prefeito com o dinheiro público”, finalizou a candidata do Avante.

Zé Boni (PTC)

Zé Boni, candidato pelo PTC, explicou que tem como meta terminar a Linha Verde e fazer as transposições necessárias, como na região da PUC, Sta Bernardete e São Pedro. Segundo o candidato, são medidas que irão reduzir o número de semáforos e com isso diminuir o tempo de viagem entre Pinheirinho e Atuba, são medidas presentes no plano de governo.

Fernando Francischini (PSL)

O candidato Fernando Francischini destacou que a obra continua igual há quatro anos. “Vou concluir as obras da Linha Verde. É um compromisso que faço com todos os curitibanos. Estive andando por lá e o trânsito está caótico. Engarrafamentos constantes que comprometem a circulação e a logística de Curitiba”, disse. Segundo ele, o atual prefeito só agora resolveu agir porque é véspera de eleição. “Curitiba precisa avançar e ter um prefeito na linha de frente para terminar todas as obras necessárias e estratégicas para a nossa cidade.
Eu nunca vi semáforo embaixo de viaduto. Isso é um absurdo do ponto de vista da engenharia. É preciso fazer trincheiras e novos viadutos para desafogar o trânsito”, alertou.

O candidato destacou que irá finalizar a obra com trincheiras e Viadutos na Anne Frank e na Tenente Francisco Ferreira de Souza. E também o novo Viaduto do Tarumã, o Viaduto do Orleans e a Trincheira do Jardim Botânico na Lothario Meissner, na chegada das praias. “A Linha Verde é um dos mais importantes eixos viários de Curitiba. São 22 quilômetros de extensão que cortam 22 bairros, do Pinheirinho até o Atuba”, ressaltou.

Paulo Opuszka (PT)

O candidato do PT para a prefeitura de Curitiba, Paulo Opuszka, diz que o partido financiou, por meio do PAC, mais de R$ 200 milhões em obras para a Linha Verde. “Quanto às obras atuais, é urgente finalizá-las no trecho que vai do Tarumã ao Atuba. Entretanto, é necessário contratar novas obras para realizar várias trincheiras ou viadutos ao longo de toda a Linha Verde, já que os atuais cruzamentos em diversas intersecções geram muito engarrafamento, o que prejudica muito a população”, disse.

Outro ponto destacado pelo candidato é a melhoria da integração das linhas de ônibus da Linha Verde, “criando novas linhas e aplicando, além da integração física, mediante pequenos terminais, a integração temporal, isso por meio da instituição imediata do bilhete único”, disse.

Para Opuszka, é igualmente importante dinamizar o setor imobiliário ao longo de toda a via, que recebeu centenas de milhões de reais de investimento. “Para isso, vamos mapear os vazios ao longo da Linha Verde, aplicar IPTU progressivo para forçar a ocupação do solo e dar adequada função social aos imóveis”, disse. O objetivo, explicou, é tornar a Linha Verde um polo habitacional para a população trabalhadora, “diminuindo a pressão do processo de periferização metropolitana”, finalizou.

Eloy Casagrande (Rede)

O candidato afirmou que a Linha Verde poderá ser o maior desafio da próxima gestão: pegar uma obra inacabada, com uma série de problemas e anos se arrastando por anos. “Desde o começo foi falta de planejamento, porque não se olhou para o fluxo de veículos que indicaria viadutos e alças de acesso melhor planejadas. Não houve uma preocupação com os pedestres, faltam passarelas ou as que têm estão inacabadas”, disse. Segundo ele, num primeiro momento a ideia é ter a Setran, principalmente nos horários de pico, para fazer o fluxo andar. “Não se vê nenhum tipo de apoio e de sinalização de guardas, o que daria menos problemas aos motoristas”, disse. Sobre os contratos já em andamento, a ideia é rever estes documentos, dando atenção também para ser uma obra mais humanizada, que olha os pedestres, ciclovias e áreas de lazer. “Creio que seria bastante útil para a gente poder olhar para tudo isso de forma que a população se beneficie o mais rápido possível”, finalizou.

Professor Mocellin (PV)

Candidato pelo PV, Professor Mocellin afirmou que irá concluir a obra sem planos mirabolantes. “Sabemos da carência de recursos. O grande problema da Linha Verde hoje é que a canaleta não leva o transporte coletivo pra lugar algum e as pessoas acabam utilizando apenas o transporte individual”, disse. Segundo ele, a Linha Verde Sul hoje vai até a rua Isaac Ferreira da Cruz. Já existe um projeto para continuar deste ponto até o Contorno Sul, com valor da Obra estimado em R$ 50 milhões.

O candidato propõe um grande eixo, ligando Fazenda Rio Grande e Colombo. “É fundamental que a prefeitura contrate o projeto do contorno Sul até a divisa de Curitiba com Fazenda Rio Grande. Depois, em parceria com o Governo do Estado, que se contrate o projeto da divisa até o Terminal de Fazenda Rio Grande. Quando vamos para a região Norte, é fundamental que faça uma conversa com o Governo do Estado para que a Linha Verde chegue até o Terminal Maracanã em Colombo”, disse. Segundo ele, ao fazer essa ligação (Fazenda Rio Grande > Colombo), haverá um grande eixo de transporte entre as 3 cidades (+ Pinhais) que são hoje as 1ª, 8ª e 21ª maiores cidades do Estado em população. “Quando tivermos esse grande eixo, com transporte coletivo de qualidade ligando as cidades, conseguiremos tirar grande parte do fluxo de automóveis da Linha Verde, dando muito mais fluidez e conectando as cidades com muito menos tempo com a utilização total da canaleta de ônibus.

Camila Lanes (PC do B)

A candidata do PC do B afirmou ter o compromisso de criar as condições para finalização da parte norte da Linha Verde. “Todos sabem que isso não basta, precisamos fazer uma reengenharia na parte já em funcionamento, principalmente no trecho entre a ponte da Salgado filho e seu término próxima à Ceasa”, disse. Segundo Camila Lanes, a gestão defende uma auditoria sobre os recursos alocados e prometidos via as vantagens oferecidas pelas operações urbanas para o setor imobiliário ali ofertadas. “A reengenharia que faremos será um debate técnico com a participação entre outras instituições como Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e nossas universidades, tudo isso coordenado pelo IPPUC. Também faremos o debate junto a nossa bancada no Congresso Nacional e o setor produtivo para as debater o financiamento do projeto. Teremos que recriar o projeto de norte a sul”, disse.

Letícia Lanz (Psol)

Segundo Giana de Marco, vice-candidata de Letícia Lanz, a gestão pretende vai abrir a caixa-preta da Linha Verde. “Nós vamos trazer à luz os processos de licitação. A gente sabe que obra caminha de acordo com o mercado imobiliário e o que não pode acontecer é uma obra que é para cidade, para as pessoas, atrapalhar a mobilidade urbana com obras sempre paradas”, disse.

Segundo ela, a grande ideia da Linha Verde era criar uma linha de ônibus que ligasse os extremos da cidade, “mas a obra não acaba nunca porque fica à mercê do interesse do mercado, do interesse dos poderosos e não do interesse da população. Vamos abrir essa caixa-preta e ver esse processo licitatório, se for necessário abriremos novas licitações para que haja conclusão dessa obra em prol da população e não do mercado, da especulação, das empreiteiras que só ganham como essa extensão infinita da obra que jamais acaba”, disse Gaiana de Marco.

Diogo Furtado (PCO)

A reportagem fez contato com a assessoria do candidato, mas não obteve resposta até o prazo estipulado entre todos os candidatos. Além disso, o candidato teve o registro de sua candidatura negado pelo TSE.